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Doença não é incapacitante e, com tratamento e monitoramento, pode ser controlada. Nesta quarta (26), é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia.
A epilepsia é uma doença neurológica bastante comum, causada por fatores que podem ser hereditários ou não. No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que uma em cada 100 pessoas é portadora da doença, que tem níveis e gradações.
Cerca de 25% dos pacientes com epilepsia manifestam uma forma grave da doença, representada na maior parte dos casos por crises epilépticas, conhecidas como “convulsões”. A doença atinge cerca de 2 milhões de brasileiros.
Nesta quarta-feira (26), é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia, data marcada para a reflexão sobre a doença, que, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, não é incapacitante. Com tratamento e monitoramento, os pacientes podem ter uma vida normal e, inclusive, ter uma vida profissional. Salvo algumas exceções – trabalhos em alturas, bombeiros, motoristas profissionais, entre outras – pacientes com epilepsia podem trabalhar normalmente.
A neuropediatra Ana Gabriela Strang, do Departamento de Medicina (DMD) da UEM, afirma que é crucial desmistificar a doença. “Ela assusta quem vê de cara, pois afeta um órgão muito precioso. No entanto, poucos casos são cirúrgicos. O paciente muitas vezes só trata com atendimento ambulatorial e remédios”, afirma. “É mais uma doença que acomete o sistema nervoso central e, com tratamento adequado, permite viver normalmente, com crises administradas”.
Segundo Ana Gabriela, pacientes controlados podem retornar a cada 3 ou 4 meses para atendimento, que se reduz a uma manutenção do quadro. Já pacientes que estejam passando por momentos mais delicados, como períodos de crise ou troca de medicamentos ou de dosagem, devem comparecer com mais frequência.
Ambulatório
Para atendimento dos pacientes com epilepsia, o Hospital Universitário (HUM) da UEM conta com Ambulatório de Neurologia, que atende, entre outros, pacientes epiléticos. São atendidos, por semana, 10 pacientes com epilepsia – ao todo, os pacientes neurológicos são 18 por semana. Atuam no Ambulatório do HUM 2 neuropediatras, que trabalham em horários distintos, além de residentes e graduandos de Medicina. “Além de ser um espaço de prestação de atendimento à população, é, também, um espaço de formação para os futuros médicos”, comenta a professora.
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