Crea-PR vai monitorar situação de edifício que foi evacuado após problema estrutural, em Maringá

Por meio de nota enviada à reportagem, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR) informou que já enviou ofício à gestão do condomínio e aos responsáveis técnicos pela obra. Por questões de segurança, moradores ainda não estão autorizados a retornarem ao imóvel.

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    O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR) vai monitorar a situação do Edifício Maria Tereza, em Maringá, que foi evacuado na manhã desta segunda-feira (3) após problemas estruturais. Um pilar de concreto, no térreo do imóvel, entrou em colapso durante uma reforma.

    No local, há 91 apartamentos residenciais. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um chamado foi feito às 11h36 da manhã, após moradores sentirem um abalo na edificação, localizada no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e XV de Novembro. Apesar do susto, não há registro de feridos.

    O abalo teria sido provocado pelo rompimento de um pilar de concreto, em uma sala comercial no térreo da edificação, que está passando por reformas. Por questões de segurança, a quadra foi interditada e os moradores ainda não foram autorizados a retornarem para os imóveis.

    Após uma vistoria, a Defesa Civil determinou que a empresa responsável contrate uma perícia técnica especializada em danos estruturais para avaliar as condições do prédio. De acordo com a Prefeitura de Maringá, após a vistoria, a administração do edifício deverá “fazer uma análise técnica detalhada da estrutura e apresentar um laudo sobre as condições do prédio”.

    Ainda conforme a Prefeitura, a reforma no prédio em questão não necessita de alvará. A única exigência prevista na lei para este tipo de obra é o acompanhamento por um responsável técnico devidamente credenciado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR) ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PR). A construtora tem 24h para apresentar o responsável técnico.

    Em nota enviada ao Maringá Post, o Crea-PR informou que identificou os responsáveis técnicos pela reforma. Um ofício já foi enviado pelo órgão para a administração do condomínio. No comunicado, o Crea afirma que fez uma vistoria no local em janeiro deste ano “para verificar aspectos de manutenção regular do edifício, incluindo elevadores e outros itens de conservação predial”. O órgão de controle, no entanto, não foi informado sobre a reforma no térreo. Leia a nota do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná na íntegra:

    O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) comunica que está monitorando a situação relacionada à interdição do Edifício Maria Tereza, em Maringá, ocorrida na segunda-feira, 3 de março de 2025, em decorrência do colapso de um pilar no térreo durante uma reforma interna.

    O Crea-PR esclarece que, em janeiro de 2025, foi realizada uma fiscalização no condomínio para verificar aspectos de manutenção regular do edifício, incluindo elevadores e outros itens de conservação predial. Entretanto, a reforma interna que resultou no colapso mencionado não foi comunicada ao Crea-PR, nem houve denúncias prévias a respeito.

    Após consulta em nossa base de dados, foi identificada uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) registrada em 2024, referente a serviços de inspeção, projeto ou laudo do edifício. Contudo, essa ART não está necessariamente vinculada à reforma em questão.

    Com investigação mais aprofundada, foi possível identificar que há responsáveis técnicos atuando tanto na reforma quanto na intervenção emergencial que tem por objetivo evitar danos maiores e empregar boas práticas de Engenharia.

    Diante da gravidade do incidente, o Crea-PR adotou medidas imediatas. Como parte das ações, o Conselho já oficiou a gestão do condomínio, bem como está interagindo com os responsáveis técnicos identificados.

    O Crea-PR reitera seu compromisso com a segurança das edificações e a importância da atuação de profissionais habilitados e registrados na realização de obras e reformas. O Conselho continuará acompanhando o caso e colaborando com as autoridades competentes para esclarecer os fatos e assegurar a responsabilização de acordo com a legislação vigente.

    O Maringá Post tenta contato com os responsáveis pela reforma no imóvel.

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