Detentos da Colônia Penal ajudam Prefeitura durante mutirões de roçadas em Maringá

Atualmente, Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb) conta com apenas 24 servidores destinados exclusivamente aos serviços. No último fim de semana, 30 internos da Colônia Penal e Industrial de Maringá (CPIM) foram cedidos para auxiliar nas roçadas pela cidade. Em entrevista ao Maringá Post, secretário afirmou querer regularizar a situação das roçadas em, no máximo, 30 dias.

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    Com um número considerado baixo de servidores, a Prefeitura de Maringá tem adotado novas estratégias para seguir atuando nos serviços de roçadas. Neste último fim de semana, por exemplo, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selurb) contou com o reforço de detentos da Colônia Penal e Industrial de Maringá (CPIM).

    De acordo com a Selurb, 30 internos da CPIM foram cedidos para integrar a equipe da pasta, que está empenhada na continuidade dos serviços de roçada em diferentes regiões da cidade. Em entrevista ao Maringá Post, o secretário de Limpeza Urbana de Maringá, Vagner Mussio, explicou que o auxílio nos serviços é convertido em benefícios para os presos, uma vez que a cada 3 dias trabalhados, eles ganham a redução em 1 dia de suas penas.

    “Antigamente, quando eu fui secretário, eu usava os detentos na coleta de lixo. Hoje, nós não usamos mais. Porém, eu tenho dividido entre alguns setores da prefeitura 35 detentos que fazem roçada, varrição, são vários serviços que eles fazem. E agora, nesse mutirão da roçada, nós acertamos com a CPIM e eles nos cederam em torno de 30 homens no fim de semana para poder fazer esse auxílio na roçada. São pessoas que além de estarem devolvendo algo para a população em forma de trabalho, a cada três dias trabalhados eles reduzem um dia na pena. Então, para eles mesmos é uma coisa muito importante, pois eles acabam aprendendo alguma coisa e pra vida deles é muito bom”, disse o secretário.

    Atualmente, Maringá conta com apenas 24 servidores efetivos para os serviços de roçada. O número é considerado baixo, na avaliação do próprio secretário. Segundo Mussio, no entanto, o município tem adotado estratégias para ampliar esse efetivo e espera-se que os serviços estejam totalmente regularizados nos próximos 30 dias.

    Hoje, nós temos 24 servidores somente. E desses 24 servidores, alguns têm restrição de saúde. Podemos contar com 15 a 18 homens que trabalham diretamente. No caso desses fins de semana, esses dias, nós estamos fazendo um mutirão, estamos colocando o pessoal da arborização, o pessoal do cemitério, estão trabalhando juntos para poder dar uma resposta para a população. Mas é um número muito baixo de servidores, necessitamos das empresas terceirizadas e temos certeza que com uma empresa boa, terceirizada, que renda realmente o que está no contrato, nós já teríamos resolvido o problema do mato em Maringá. Mas estamos trabalhando para isso, vamos ver outras alternativas para poder trabalhar e pretendemos, no máximo em 30 dias, estar com a cidade totalmente regularizada”, disse Vagner Mussio.

    De acordo com estimativas da própria Secretaria Municipal de Limpeza Urbana, nos próximos dias a cidade ultrapassará a marca de 1 milhão de metros quadrados de roçadas feitas apenas entre janeiro e fevereiro de 2025, tudo isso apenas com servidores da própria Prefeitura. Uma empresa terceirizada, contratada apenas para a poda em canteiros centrais, iniciou os trabalhos há cerca de duas semanas, mas ainda num ritmo abaixo do estipulado em contrato.

    “Há duas semanas entrou a primeira empresa terceirizada para fazer os canteiros centrais. Por contrato, atualmente, essa empresa deve fazer um milhão de metros quadrados por mês. Porém, essa empresa veio de uma região que não é de Maringá, lá da região de Curitiba, e quando chegaram aqui, se depararam com uma situação totalmente diferente do que eles são acostumados. Um mato diferenciado, um mato mais alto, canteiros largos com muito mato e eles sentiram dificuldade. Para você ter uma ideia, conseguiram fazer 60 mil metros quadrados em oito dias úteis de trabalho. Nós tivemos que chamar essa empresa, exigir que ela coloque mais pessoal, traga mais equipamento. Estamos deslocando eles para alguns locais que o mato está mais baixo, para que eles possam mostrar produtividade e rendimento do trabalho”, explicou o secretário.

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