Tempo estimado de leitura: 4 minutos
A Comissão de Educação da Câmara de Maringá vai convocar uma reunião de emergência com o Executivo, visando buscar soluções para as filas de espera por vagas em escolas de período integral na cidade. A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Comissão, Luiz Neto (Agir), em entrevista ao Maringá Post nesta terça-feira (21).
Neto foi um dos vereadores que, durante a madrugada, foi conferir pessoalmente as longas filas registradas em algumas unidades escolares. O cadastro para a lista de espera foi aberto pelo município nesta terça (21) mas, segundo relatos de pais, muitos deles precisaram acampar na frente das escolas desde às 15h de segunda (20), para tentar garantir uma vaga. Vídeos e fotos mostrando as filas viralizaram em aplicativos de mensagens durante a madrugada.
Além do vice-presidente da Comissão de Educação, os vereadores Guilherme Machado (PL) e Lemuel (PDT), além do próprio prefeito Silvio Barros (Progressistas) estiveram presentes em algumas escolas durante a noite, ouvindo reivindicações dos pais. Uma das unidades com as maiores filas foi a Escola Municipal Ariovaldo Moreno, no Jardim Alvorada, onde os políticos compareceram.
Ao Maringá Post, Luiz Neto afirmou que o legislativo acompanha de perto o desenrolar da situação. Segundo ele, há relatos de mais de 50 pais na fila em algumas unidades onde o número de vagas disponíveis não ultrapassariam 3.
“A gente tem consciência que essa é uma prática antiga, desde a antiga gestão, mas que vai muito no retrocesso do que a gente espera pra cidade que é apontada como a melhor cidade do Brasil pra se viver. […] Eu estive lá (na Escola Ariovaldo Moreno), outros dois vereadores também estiveram presentes. O prefeito chegou posteriormente e deu esse suporte e atendimento pra população, mas ele se disse impressionado, que ele não sabia daquela realidade. Eu compreendo também do ponto de vista do executivo, porque ele assumiu a Prefeitura há menos de 20 dias”. […] A gente tem escolas onde tiveram 50 pais na fila e acabou que tinha duas, três vagas, então isso é inadmissível”, afirmou o vereador.
“Eu sou vice-presidente da Comissão de Educação, já acionei os demais colegas da Comissão e vou hoje, protocolar, solicitando uma reunião de emergência, para que nós possamos discutir essa situação junto ao prefeito e ao secretário de Educação”, complementou.
Atualmente, Maringá tem 38 unidades educacionais que atuam em período integral, segundo dados da Secretaria Municipal de Educação. Somadas, as instituições disponibilizam aproximadamente 7.500 vagas por ano. Crianças que já estudam nessas unidades tem a rematrícula garantida, conforme as diretrizes do município. Necessitam ficar na fila de espera pais que querem trocar as crianças de unidade escolar ou tirar os filhos de uma escola de meio período para levar ao ensino integral.
O Maringá Post entrou em contato com a Prefeitura de Maringá para comentar o assunto e aguarda um retorno.
Comentários estão fechados.