Nove mil lâmpadas foram substituídas em seis meses de PPP da Iluminação Pública em Maringá

Desde o dia 4 de dezembro, concessionária vencedora do contrato assumiu o controle dos pedidos de manutenção na rede de iluminação pública. Município admite número de trocas de lâmpadas abaixo do esperado, mas ressalta os benefícios da Parceria Público-Privada, que fará a gestão dos serviços na cidade por 13 anos.

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    Prestes a completar seis meses de execução, a Parceria Público-Privada (PPP) da Iluminação Pública em Maringá foi responsável pela substituição de 9.156 lâmpadas por luminárias de led. O número, atualizado até essa quarta-feira (11), foram disponibilizados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (SeInfra), a pedido do Maringá Post, nessa quinta-feira (12).

    O contrato da PPP foi assinado no dia 29 de abril, com a concessionária assumindo os serviços oficialmente em 25 de junho. Licitada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, em outubro de 2023, a Parceria foi arrematada pelo Consórcio Luz de Maringá, encabeçado pela Enel, empresa do segmento de energia que presta serviços em cidades de São Paulo – incluindo a capital paulista -, Rio de Janeiro e Ceará. No Paraná, a Enel também lidera o consórcio da Parceria Público-Privada da Iluminação Pública implantada em Ponta Grossa, em 2023.

    Em Maringá, a concessionária ficará responsável pela gestão dos serviços de iluminação pública pelos próximos 13 anos, com contrato se encerrando em 2037. Para isso, receberá do município R$ 9,8 milhões por ano, pouco menos da metade do que a Prefeitura estava disposta a investir quando abriu o edital. De acordo com estudos elaborados pelo município, a economia anual na conta de luz pode chegar a R$ 30 milhões.

    O contrato prevê substituição de até 55 mil lâmpadas por luminárias de led, em 750 pontos da cidade. A empresa tem até dezembro de 2025 para realizar toda a substituição. Em entrevista ao Maringá Post, a secretária municipal de Infraestrutura, Maria Lígia Guedes, detalhou o andamento dos serviços.

    Segundo ela, grande parte das principais avenidas de Maringá já tiveram a substituição feita de forma integral. Ainda conforme a secretária, o cronograma é trabalhado em fases e não por região da cidade.

    “Nas avenidas Brasil, Nildo Ribeiro da Rocha, Sophia Rasgulaeff, Alexandre Rasgulaeff, Franklin Roosevelt, essas avenidas que chamamos de arteriais, o sistema já foi substituído em sua integridade. Agora estamos trabalhando na avenida Colombo. Em bairros, já foram feitas trocas no Jardim Atame, na Vila Esperança. Nosso cronograma é dividido em fases contratuais e a empresa tem até o dia 25 de dezembro do ano que vem para concluir essas trocas”, disse Maria Lígia.

    Desde o dia 4 de dezembro, o Consórcio assumiu a gestão dos pedidos de manutenção do sistema. Também por contrato, a empresa deve disponibilizar ao cidadão um serviço de call center, onde é possível solicitar trocas de lâmpadas por toda a cidade. O serviço precisa ficar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os pedidos podem ser feitos no 0800 410 0029 ou aplicativo Luz de Maringá, disponível para download pelo Google Play e App Store. O consórcio também atende presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Rua La Paz, 1665, Vila Morangueira.

    Ainda conforme a secretária, os pedidos que chegam via Ouvidoria Municipal, no 156, já estão sendo automaticamente redirecionados para o consórcio. A divisão de Iluminação Pública da SeInfra também segue ativa, mas para a manutenção de prédios públicos.

    “A Prefeitura tem a Diretoria de Iluminação Pública e ela continua existindo da mesma forma. Nós temos 457 prédios públicos da Prefeitura e outros locais que não são da PPP. A PPP cuida da iluminação pública, que seria onde existem os postes da Copel. Espaços públicos, como ‘Meu Campinho’, uma quadra de esportes, uma escola, são serviços que ainda seguem com o município, então o cidadão pode solicitar a troca através do 156”, explicou.

    Com o compromisso em contrato da troca de 55 mil lâmpadas até dezembro de 2025, o município admite que o número atual, de pouco mais de 9 mil, está abaixo do esperado, mas reforça que segue em diálogo com a concessionária.

    “Nós entendemos que este número deveria estar bem mais adiantado, próximo dos 20 mil (lâmpadas trocadas), mas isso nós estamos conversando com eles (a empresa). No entanto, em termos de economia e segurança, vemos essa parceria de forma muito benéfica”, resumiu a secretária.

    “A economia a gente pode medir na durabilidade do material. Uma lâmpada de sódio tem uma vida útil de 3 anos, em média, precisando ser trocada após esse período. Já um led tem durabilidade de até 7 anos. Isso é benéfico para o meio ambiente, pois nos reduz a emissão de poluentes e também nos dá uma economia nas contas públicas, pois o led também consome menos energia. Podemos falar aqui também de segurança olhando para algumas regiões estratégicas, onde a iluminação está sendo bem melhor, isso traz uma sensação de segurança maior ao cidadão. Podemos citar, como exemplo, a avenida Morangueira, sentido ao posto G10. Ali era uma região que tínhamos muitos acidentes e a iluminação já foi trocada. Com a maior luminosidade, percebemos a redução de acidentes naquela região”, completou.

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