Ministério Público apura possível cobrança de propina por servidores para ‘furar a fila’ das remoções de árvores em Maringá

De acordo com a investigação, conduzida com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), servidores da Prefeitura estariam cobrando valores ilegais de munícipes para ‘furar a fila’ das remoções de árvores.

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    O Ministério Público do Paraná (MP-PR) está investigando a possível cobrança de propina, por parte de servidores da Prefeitura de Maringá, para a realização de podas e remoções de árvores na cidade. A investigação é conduzida com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

    Deflagrada nesta quinta-feira (19), a ‘Operação PIX’ cumpre oito mandados de busca e apreensão em endereços de investigados, bem como mandados de busca e apreensões pessoais. Conforme a investigação, os investigados estariam cobrando valores de munícipes para ‘furar a fila’ das podas e remoções em Maringá, que só podem ser feitas pelo próprio município e cuja fila ultrapassa os cinco mil pedidos, de acordo com o Portal da Arborização, da Secretaria de Limpeza Urbana (Selurb).

    Os pagamentos normalmente eram feitos por Pix, daí o nome da operação. São investigados possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa.

    Apesar de Maringá possuir um cadastro em ordem cronológica de árvores a serem cortadas, removidas ou podadas pelo poder público, sem o pagamento de taxas pelos munícipes, funcionários da Secretaria responsável pelos serviços são investigados por solicitar ou exigir pagamento em dinheiro para agilizar e efetivar os serviços. Para isso, desrespeitavam a ordem cronológica, utilizando veículos e maquinários do Município para os serviços, muitas vezes sem o necessário laudo dos engenheiros responsáveis pelas autorizações de poda e corte.

    Por meio de nota, a Prefeitura de Maringá informou que ela própria enviou a denúncia para o MP e que segue colaborando nas investigações. Veja o comunicado do município na íntegra:

    A Prefeitura de Maringá informa que o próprio município enviou a denúncia para investigação do Ministério Público do Paraná. No dia 29 de agosto de 2023, a Prefeitura instaurou uma sindicância para apurar o caso e os servidores envolvidos foram imediatamente afastados. O município enviou mais informações ao Ministério Público no dia 8 de maio de 2024 e tem disponibilizado todas as informações solicitadas.

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