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Moradores dos distritos de Floriano e Iguatemi, em Maringá, não veem a hora de usufruir dos benefícios do serviço de esgotamento sanitário que será disponibilizado pela Sanepar a partir de dezembro, com a conclusão das obras de implantação da rede coletora e de estações de tratamento.
Por isso, eles têm procurado informações para garantir que a ligação do imóvel ao novo sistema seja feita de forma correta.
Para atender esta demanda, a Companhia promoveu reuniões com os moradores para esclarecer dúvidas e passar mais informações aos interessados. Cerca de 3 mil famílias serão beneficiadas pelas obras e poderão interligar seus imóveis à rede coletora de esgoto ainda em 2024.
As obras em andamento nos distritos de Maringá são um passo importante para a universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto no município. Com a sede próxima dos 100% de cobertura com o serviço, sendo reconhecida nacionalmente como a melhor cidade em saneamento no Ranking do Instituto Trata Brasil, o avanço das obras vai melhorar significativamente a qualidade de vida dos moradores destas localidades.
Além da importância de utilizar o sistema de forma correta, algumas questões técnicas foram abordadas nos encontros. Segundo as normas, a cada mudança de sentido das tubulações de esgoto tem que ser instalada uma caixa de passagem.
Outra exigência é que na saída das pias das cozinhas haja uma caixa de gordura com capacidade de, no mínimo, 16 litros de retenção. O dimensionamento adequado ao uso do morador deve garantir o acúmulo de resíduos para remoção periódica, sem impedir a passagem do líquido para a rede coletora.
A iniciativa da Sanepar foi muito bem recebida. Edinaldo de Jesus da Silva participou da reunião em Floriano e diz que vai seguir as orientações técnicas para garantir o bom funcionamento da rede. Ele trabalha em um posto de combustível, mas tem experiência como encanador e pretende, ele próprio, fazer a interligação da sua casa na rede de esgoto.
“Ter uma caixa de passagem é melhor, se tiver o problema de entupir tem como resolver isso mais rápido”, comenta. “E tem que ter a caixa para recolher a gordura, pois se entupir a rede fica complicado”.
Pedro Estádio dos Santos foi o primeiro a chegar na reunião promovida pela Sanepar no mesmo distrito e diz que aceitou na hora o convite para participar. Ele fez questão de aprender como deve ser feita a ligação correta. “Quero ficar a par de como vai ser feita a instalação”, diz, mesmo pensando em contratar alguém para fazê-la.
“A caixa de gordura não pode ser pequena, tem que ter um cano pescador”, observa sobre a tubulação que deve retirar a água do fundo da caixa, já que a gordura tende a boiar, lição aprendida na reunião.
A auxiliar administrativa Juliana Rosa Alves, que nasceu no distrito de Floriano, também participou do encontro e diz que se sente apta a repassar todas as informações recebidas. “Todas estas explicações sobre as caixas de gordura, por exemplo, eu não tinha noção nenhuma”, comenta. “Agora vou orientar minha mãe e minha irmã”, observa.
OBRAS
Em Iguatemi está em implantação um sistema completo de esgotamento sanitário. O distrito, que ainda não possui o serviço, chegará ao índice de 75% de atendimento – a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pitanga, em construção, já foi projetada para atender 90% da população local no futuro. Os investimentos somam R$ 28 milhões.
Em Floriano, a Sanepar está implantando 10 mil metros de tubulações. Com a construção da ETE Patu, que se soma à ETE Miringuava, já existente, o atendimento com o serviço saltará de 24% para 65% ainda neste ano. O aporte da Companhia é de cerca de R$ 12 milhões.
AEN
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