Nesta terça-feira (25), o representante do Hospital Psiquiátrico de Maringá (HPM), Maurício Parisoto, compareceu à Câmara da cidade. Parisoto abordou a situação do local que representa e afirmou que o hospital está interditado há três meses e sem faturamento. A interdição, realizada pela Vigilância Sanitária, ocorreu por conta de uma fiscalização criteriosa que, ele diz, não é realizada com tanto rigor em outros hospitais públicos.
O representante afirmou que a interdição ocorreu após relatório da Secretaria de Saúde (SESA), o qual, ele mostra, sugeria um Termo de Ajustamento de Conduta, e não a interdição do local. Parisoto ressaltou que houve tentativa de diálogo com o poder público municipal por meio de uma reunião. Contudo, mostrou, o pedido foi indeferido.
Após mostrar dados indicadores ligados a saúde mental de pessoas em situação de rua e de pessoas encarceradas, e ao aumento de suicídio, Parisoto fez um apelo: “caros vereadores, Vossas Senhorias, […] eu gostaria de pedir a simpatia de vocês e que vocês possam estar trabalhando a favor da nossa causa e da nossa cidade”.
O vereador Delegado Luiz Alves (REPUBLICANOS) comentou que há uma relação entre os problemas de segurança pública e a precariedade da saúde mental e mostrou-se contra a interdição da instituição. Alex Chaves (MDB) acredita que qualquer política pública que se proponha a reduzir danos é necessária. Mario Verri (PT) afirmou ter tido a oportunidade de intermediar a situação ao conversar com representantes do hospital e com a Secretaria de Saúde — houve, inclusive, uma reunião, que, nas palavras do vereador, foi “muito ruim” por conta do diálogo estremecido.
Verri ainda ressaltou que não se vê bares sendo fechados por conta de sujeira e banheiros em má condição.
O representante ainda mostrou que aproximadamente 55% dos leitos de saúde mental da macrorregião noroeste do Paraná estão na instituição.
Reprodução: TV Câmara Maringá.
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