Memorial Kimura reabre ao público com exposições tradicionais japonesas

A propriedade do memorial é um sítio arqueológico onde já foram encontrados fragmentos cerâmicos e material lítico de povos muito antigos.

  • No próximo sábado, dia 3 de setembro, o Memorial Kimura reabre ao público para visitação presencial inaugurando duas novas exposições gratuitas.

    A primeira delas traz 11 quimonos, a roupa tradicional japonesa, sendo alguns modelos mais casuais e outros de festa, usados em cerimônias de casamento.

    A segunda exposição é a de Washi, o papel tradicional japonês, registrado em 2014 pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

    A produção artesanal de papel é desenvolvida no Sítio Kimura desde 2011, num percurso que vai desde a plantação das mudas de amoreira japonesa, cuja fibra é a matéria-prima, até o aprendizado das técnicas de preparação e confecção deste e de outros papéis artesanais, utilizando corantes vegetais e até a terra roxa característica da região.

    Os papéis expostos foram confeccionados por Iracema Kimura e Rosângela Kimura.

    Essas atividades fazem parte do projeto “Memorial Kimura virtual: fragmentos da ocupação da região e da arte de vestir e fazer papel”, viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti.

    O projeto também irá criar um site para disponibilizar parte do acervo histórico da instituição, que inclui fotografias, documentos, utensílios domésticos e instrumentos agrícolas originais que mostram a introdução de imigrantes no processo de colonização da região Norte do Paraná, a cultura do café e a vida dos trabalhadores rurais do período inicial.

    O Memorial

    Localizado no distrito de Floriano, o Memorial surgiu pela iniciativa de Mario Kimura e seus irmãos e abriu suas portas para a comunidade a partir de 2009.

    Com recursos próprios, a família restaurou um casarão datado da década de 1950, a primeira escola da região e a tulha de café, impulsionados pela vontade de preservar a história local.

    “Mais do que a história da família, procuramos mostrar um pouco da história da região que, muito antes da vinda da Companhia de Terras Norte do Paraná, já havia sido habitada por outros povos”, explica a historiadora Rosângela Kimura, uma das responsáveis pelo Memorial Kimura.

    O propósito é falar de forma didática sobre o processo de ocupação regional que ocorreu com a entrada dos trabalhadores introduzidos pela Companhia, mas sem deixar de falar da existência de populações que habitaram muito antes a região, como os Kaingang há cerca de 3 mil anos, e povos caçadores e coletores, há estimados 6 mil a 8 mil anos.

    A propriedade é um sítio arqueológico onde já foram encontrados fragmentos cerâmicos e material lítico dessas populações.

    Serviço

    Exposição Kimono e Washi: a arte de vestir e fazer papel
    Local: Memorial Kimura, distrito de Floriano
    Abertura: 3 de setembro, das 13h30 às 18h

    Visitação até 10/10, mediante agendamento prévio, feito pelo e-mail [email protected]
    Entrada gratuita

    Produzido com verba de Incentivo à Cultura
    Lei Municipal de Maringá n.º 11200/2020
    Prêmio Aniceto Matti

    2 Coelhos Comunicação e Cultura / Imagem: Prefeitura de Maringá

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