A guerra contra o coronavírus ganhou mais um aliado no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deferiu o pedido da Belcher Farmacêutica autorizando a importação e distribuição do Taffix, spray nasal que reduz a infecção por coronavírus. A comercialização terá início nos próximos meses.
O spray é fabricado pela biofarmacêutica israelense Nasus Pharma. “O Taffix foi anteriormente registrado no Brasil, mas seu registro foi cancelado. Agora, o pedido da Belcher foi liberado pela Anvisa e poderemos começar a distribuição, inicialmente com exclusividade. Esse é mais um avanço na luta contra a pandemia”, comenta o diretor-presidente da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori.
Eficácia do spray nasal é comprovada em testes
A farmacêutica da Belcher, Camila Felix, explica que o produto para proteção viral intranasal é apresentado em pó, que se transforma em uma camada ultrafina de gel quando em contato com a mucosa do nariz, criando uma barreira ativa para proteger e desativar os vírus frequentemente encontrados e transportados pelo ar, incluindo o SARS-CoV-2, que provoca a covid-19.
“Em estudos realizados pela fabricante foi mostrado que o uso do Taffix reduziu a taxa de contaminação por covid-19. Houve uma significativa redução estatística dos sintomas de resfriado comum e infecção respiratória superior, havendo eficácia no bloqueio da covid”, diz.
Mais de 500 voluntários não vacinados completaram o período de seis semanas de acompanhamento para o estudo duplo-cego (quando nem os voluntários nem os pesquisadores sabem o que está sendo administrado para cada voluntário), sendo que 260 receberam o tratamento e 257 receberam o placebo. No grupo placebo, houve 67 queixas de sintomas como coriza, falta de ar, tosse e dificuldades respiratórias contra 38 do grupo de tratamento.
O spray nasal poderá ser encontrado em farmácias do Brasil nos próximos meses. Poderá ser utilizado por qualquer pessoa, sendo necessária a recomendação médica para menores de 12 anos e gestantes.
A Belcher, empresa de Maringá especializada no desenvolvimento e fabricação de produtos com receita médica. Ela se tornou conhecida em todo o Brasil no decorrer da CPI da Covid do Senado Federal por ter atuado como intermediária do laboratório chinês CanSino na negociação com o Ministério da Saúde pelo fornecimento de 60 milhões de doses da vacina Convidencia ao custo de R$ 5 bilhões. Seu diretor, Emanuel Catori, prestou depoimento na CPI.
A empresa desenvolve, fabrica e distribui medicamentos genéricos, antibióticos beta-lactama e cefalosporina e substâncias controladas.
Mais notícias de Maringá
Comentários estão fechados.