Festival Afro-brasileiro de Maringá debate a situação atual no negro no Brasil

  • Com um show da cantora, compositora, deputada estadual paulista e ativista Leci Brandão, no Teatro Calil Haddad, começam nesta segunda-feira, 15, os eventos relativos ao 13° Festival Afro-brasileiro de Maringá, que acontece durante a Semana Zumbi ou Semana da União e Consciência Negra.

    O festival é promovido pela prefeitura de Maringá, por meio das Secretarias de Juventude e Cidadania e Cultura, e neste ano o tema será “A luta de hoje começou ontem”. Entre 16 e 20 haverá shows e palestras que abordam temáticas relacionadas à população negra.

     

    Consciência Negra

    Criado em 2006, o Festival Afro-brasileiro de Maringá acontece sempre no início da segunda quinzena da novembro para coincidir com a Semana da Consciência Negra, que termina no dia 20, data que lembra a morte do símbolo máximo da luta dos afrodescendentes, Zumbi do Palmares.

    A criação deste evento é resultado do trabalho de conscientização desenvolvido pela Assessoria de Promoção da Igualdade Racial, em parceria com a Associação União e Consciência Negra de Maringá, Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques e Centro Cultural Jhamayka. O evento também conta com o apoio das secretarias da Mulher, Educação e Cultura.

    O dia 20 de novembro foi instituído Dia Nacional da Consciência Negra em homenagem a Zumbi, símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.

    festival afro-brasileiro
    A capoeira, um símbolo da resistência negra, está sempre presente nos eventos relacionados ao movimento negro / Cary Bertazzoni/PMM

    O Quilombo dos Palmares foi fundado em 1597 por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, o local se transformou em uma verdadeira cidade e destino dos negros que escapavam do trabalho escravo.

     

    Situação do negro em debate

     

    No dia 15, às 20h30, o show é com a cantora Leci Brandão. Será no teatro Calil Haddad, com entrada gratuita e limite de 500 pessoas, devido às restrições necessárias para a prevenção à covid-19.

    Entre os dias 16 e 19, sempre às 19h30, serão realizados debates. No dia 16, terça-feira, haverá discussão sobre Desenvolvimento Econômico da População Negra. As debatedoras são Clara Marinho, Roberta Kisy e Roseli Faria, com mediação de Juliana Aline dos Santos.

    Na quarta-feira, 17, o tema das discussões será Racismo Estrutural. Contará com as presenças de Vilma Reis, Lúcia Xavier, Iêda Leal, com mediação do professor de História Delton Aparecido Felipe, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

    No dia 18, a Mesa de Discussão terá participação de Valdeir Gomes de Souza, Cleuza Souza Theodoro e Aracy Adorno Reis, com mediação da jornalista Hortensia Franco de Carvalho.

    No dia 19, o tema da discussão será Espiritualidades Afro-Diaspóricas, tendo como convidados Isabelle Caldas e Gislaine Gonçalves, com mediação de Laís Fialho. Todos os debates terão apresentação de Isadora Yalodê.

    No dia 20, o show de encerramento será com a cantora Majur,  às 20h30, no Teatro Reviver, na Praça de Todos os Santos, com público máximo de 180 pessoas. Os ingressos serão distribuídos na Secretaria da Juventude e Cidadania (Rua Luiz Gama, 89), entre 14 e 17 horas. Cada pessoa poderá retirar um ingresso.

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