A previsão é de muita gente na sessão da Câmara de Maringá nesta quinta-feira, 2, que pode ser tumultuada com discursos acalorados, vaias, aplausos e cartazes a favor e contra a aprovação do projeto de lei do Executivo que cria o Conselho Municipal dos Direitos LGBTQIA+, que volta à pauta para segunda votação depois de permanecer suspenso por quatro sessões.
Tanto grupos favoráveis quanto contrários ao projeto usaram as redes sociais nos últimos dias para atrair pessoas à sessão, alguns para apoiar os vereadores que votarão pela aprovação e outros em sentido contrário. Mas, apenas 50 pessoas poderão permanecer no interior da Câmara, 25 de cada grupo, e em lados separados do plenário. As demais pessoas presentes poderão se manifestar à vontade, com suas faixas e cartazes, do lado de fora do prédio.
O projeto foi aprovado por 10 votos a 3 em primeira votação, porém, na segunda votação, vereadores que tinham votado contra pediram a retirada do projeto da pauta por quatro sessões para que fossem apresentadas emendas. Isto se deu por pressão de alguns setores da sociedade, principalmente grupos evangélicos.
Durante a suspensão, foram apresentadas 20 emendas, alterando totalmente o sentido do projeto original, que havia sido elaborado pelo Executivo com base em leis já existentes em outras cidades brasileiras e com orientação da comunidade LGBTQIA+.
A permissão para que apenas 50 pessoas possam permanecer no plenário é para que não se perca o controle da situação. Segundo o presidente da Câmara, Mário Hossokawa (Progressistas), as senhas para a entrada serão distribuídas a partir das 8 horas. Elas serão entregues aos líderes dos grupos a favor e contra a aprovação do projeto e esses líderes se encarregarão de definir quem deve entrar.
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