Depois de ouvir diretores e funcionários da empresa EAS Assessoria Financeira, o delegado de Estelionato da Polícia Civil de Maringá, Fernando Garbelini, encaminhou para o Ministério Público o Inquérito Policial que investiga um esquema de vendas de consórcios falsos que teria dado golpe em dezenas de pessoas. O delegado pede o indiciamento de 10 pessoas, com destaque para a dona da empresa, suspeita de comandar o esquema fraudulento junto com duas filhas dela e um filho.
O delegado está indiciando os funcionários da empresa que mostraram ter conhecimento de que ali se praticava fraude ao vender consórcios que na realidade não existiam. Pelo menos 50 pessoas compareceram à polícia alegando terem sido enganadas pela empresa de fachada.
O inquérito é a continuidade de uma operação desencadeada no dia 15 pela Delegacia de Estelionato, quando foram presos a dona da EAS, na Avenida Tamandaré, duas filhas e um filho, suspeitos de comandar o negócio fraudulento. Os mandados de prisão haviam sido expedidos pela Justiça depois de quase um ano de uma investigação policial iniciada com base em denúncias de pessoas que diziam ter comprado cartas de consórcio contempladas, na empresa, porém nunca receberam o bem e nem foram incluídas em algum grupo de consórcio.
Os prejuízos provocados pela empresa foram grandes para as pessoas enganadas. Não se tem ainda o número certo de pessoas que compraram consórcios falsos na EAS e a polícia continua recebendo queixas.
Um homem comprou uma carta de crédito “contemplada” por R$ 49 mil para a aquisição de uma casa. Ele usou algum dinheiro que tinha economizado e emprestou mais R$ 20 mil de parentes. Perdeu todo o dinheiro, ficou devendo e continuou sem a casa sonhada.
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