Mãe e três filhos são presos vendendo consórcios falsos em Maringá

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A Delegacia de Estalionato da Polícia Civil de Maringá desbaratou nesta quinta-feira uma quadrilha que comercializava consórcios falsos sob alegação de que seriam cartas de crédito contempladas. O curioso da ação policial é que todos os membros da quadrilha presos nesta manhã são da mesma família: mãe e três filhos.

As prisões foram feitas em cumprimento a mandados de prisão expedidos pela Justiça depois que a investigação policial constatou que o escritório de venda de consórcios era uma “arapuca”, que no jargão policial denomina estabelecimento montado para enganar pessoas. No escritório, na Avenida Tamandaré, os agentes recolheram várias provas dos crimes ali praticados.

De acordo com o delegado Fernando Garbelini, as investigações começaram com base em denúncias feitas por pelo menos 10 pessoas que diziam ter adquirido cotas de consórcios de veículos e, no entanto, seus nomes não apareciam em nenhum grupo de consórcio.
Essas pessoas foram atraídas ao escritório por anúncios divulgados em redes sociais, que ofereciam cartas de crédito já contempladas. As pessoas pagavam, aguardavam, mas nunca eram procuradas para receber o veículo ou outro bem consorciado.

Ação da Polícia Civil prendeu uma mulher de 48 anos, duas filhas de 26 e 22 anos e mais um garoto de 20. Não se sabe ainda se há mais membros na quadrilha e nem a quantidade de pessoas que podem ter caído no golpe.

O delegado acredita que após a divulgação da prisão da quadrilha familiar, pessoas que compraram cartas de crédito na empresa vão procurar a Delegacia nos próximos dias.

 

Golpe da carta de crédito contemplada

As grandes empresas de consórcio fazem ampla divulgação das táticas usadas por bandidos para enganar pessoas que as vez não têm o tempo e a paciência necessários para fazer parte de um consórcio desde o início e esperar a contemplação, seja por sorteio, seja por oferta de lance.

Em casos assim, existe a opção da compra de uma carta de crédito contemplada. Em um primeiro momento, não há nenhum problema nisso, já que essa é uma opção legítima, prevista pela maioria das administradoras, que incluem os passos necessários a esse tipo de negócio no contrato. Porém, alguns cuidados devem ser observados com bastante atenção para evitar o golpe da carta contemplada.

Uma breve pesquisa na internet mostra que esse é o tipo mais comum de fraude explorado por quem quer tirar vantagem dos interessados em adquirir um bem por meio de uma carta de crédito.

A carta de crédito contemplada é o tipo de golpe mais comum envolvendo consórcios e aumentou muito após a popularização da internet, que facilita a divulgação de anúncios.


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