Na volta às aulas, Maringá cria estratégia para reduzir o impacto da pandemia na vida das crianças

  • Reintegrar plenamente as crianças no ambiente escolar: este é o desafio da força-tarefa multidisciplinar da Prefeitura de Maringá instaurada no período de retomada às atividades presenciais das 118 unidades escolares municipais e que vai trabalhar para reduzir o impacto que a pandemia causou na vida das crianças.

    As secretarias da Educação, Saúde e Assistência Social estão finalizando a metodologia de um programa de acolhimento social dos estudantes atendidos pela prefeitura. Estão sendo debatidos formatos de trabalho e a importância da ação para atender estudantes da rede.

    “O impacto da pandemia na vida das crianças é imensurável. A força-tarefa da prefeitura foca na recuperação da perda pedagógica e na integração da nossa comunidade escolar, considerando a necessidade do apoio emocional e estrutural para ter os nossos alunos novamente em sala de aula”, explicou o prefeito de Maringá, Ulisses Maia.

    A ação inicial será a busca ativa de crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Escolas Municipais e que apresentem sinais de vulnerabilidade social. O foco é identificar alunos com perda pedagógica, que pode ser identificada pela dificuldade de integração e aprendizagem.

    A partir do diagnóstico de que a necessidade de atenção é multidisciplinar, a Saúde e a Assistência Social entrarão em cena para promover o resgate pleno da criança e, sempre que necessário, da família.

    A secretária de Educação, Tania Periotto, destaca que a pandemia mudou a rotina das famílias, seja pela perda de familiares, pelas dificuldades econômicas ou pelo distanciamento social e isso influencia diretamente na vida das crianças. “Iremos apoiar alunos que necessitem de suporte ou superação de suas dificuldades. Este também é o caminho para identificar o potencial de cada criança e reforçá-lo”, disse.

     

    Saúde e Social

     

    O mapeamento de crianças com necessidade de atenção será acompanhado pela Saúde e Assistência Social. Dessa forma será direcionado acolhimento psicológico, pediátrico e outros de ordem da atenção médica. As Unidades Básicas de Saúde dos bairros estarão preparadas para a atuação.

    Se a necessidade for da área Social, o município também indicará o melhor tratamento para acolher e promover o bem-estar das famílias atendidas. Alguns dos programas inseridos na pandemia e que atendem milhares de famílias são o de atenção nutricional, com a entrega de cestas básicas e cartões-alimentação, bem como os Auxílios Emergenciais.

    A prefeitura pretende, ainda, inserir o Conselho Tutelar e as Promotorias da Infância e Adolescência e Saúde no programa de atenção e acolhimento.

    Estiveram presentes na reunião que debateu o programa nesta sexta, 23, o prefeito de Maringá Ulisses Maia, a secretária de Educação, Tânia Periotto, a secretária de Assistência Social, Sandra Jacovós, o superintendente da Saúde, Bruno Fontes, e demais especialistas da área da Saúde.

     

    Volta às Aulas – com segurança

     

    O retorno às aulas presenciais em Maringá ocorrerá no dia 28 de julho. O formato será escalonado e as aulas presenciais são opcionais. Os responsáveis pelas crianças deverão preencher um termo sinalizando o formato escolhido. São duas opções. Presencial, de forma escalonada, ou seguir com as atividades em casa. No formato escalonado, os alunos serão divididos em duas turmas. Um grupo tem aulas presenciais na escola, enquanto outra turma recebe atividades para fazer em casa.

    A distribuição dos alunos será feita de acordo com o tamanho das salas. A média normal é de 25 alunos e a determinação é ocupar no máximo 50% da capacidade dos espaços. As aulas serão das 7h30 às 11h30 e haverá oficinas para o quinto ano na parte da tarde. Serão atividades relacionadas ao turno integral.

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