O prefeito de Maringá, Ulisses Maia(PSD), ficou desapontado, chateado e muito revoltado com a atitude do governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PDS) de assinar um decreto que libera o funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes neste sábado, 12, Dia dos Namorados, em um momento que em todo o Paraná aumentam os números de contaminação e mortes por covid-19 ao mesmo tempo em que não há mais leitos de UTI disponíveis. Por causa do decreto pessoas podem se sentir liberadas das medidas preventivas.
O decreto estadual assinado nesta sexta-feira permite o funcionamento de restaurantes, bares e lanchonetes neste sábado, bem como a abertura de instituições de ensino para a realização de concurso público e o Exame da Ordem da OAB.
Ulisses encaminhou um áudio a Ratinho Júnior falando de sua decepção e outro ao secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, responsável pela elaboração do decreto.
“Secretário, deve ser brincadeira esse decreto, né? Na calamidade pública que tá o Paraná. No caos que está a estrutura, sem uma vaga em hospital privado e público. Liberar restaurante, bar e lanchonete no Dia do Namorado. Eu não sei o que está acontece. Meu Deus do céu! É Muito triste. Eu não sei o que está acontecendo”, disse Ulisses Maia, comunicando a Beto Preto que havia encaminhando um áudio com sua decepção também ao governador, “lamentando essa postura”.
Decepção pelos outros
A decepção de Ulisses pode ter sido a mesma de outros prefeitos que vivem momentos desesperadores por verem os leitos de UTI de suas cidades serem insuficientes para os novos pacientes de covid-19.
Recentemente, Campo Mourão e outras 18 cidades da região decretaram lockdown, o prefeito de Mandaguaçu, o Professor Índio, gravou um áudio durante uma madrugada em que não tinha mais como internar ninguém e nem podia levar pacientes para cidades vizinhas, como Maringá, também sem vagas em UTIs.
O prefeito de Floresta, Ademir Maciel, o Dê, gavou uma mensagem desesperada a seus munícipes, implorando para que todos fiquem em casa para evitar o contágio por coronavírus, porque, segundo ele, “não há como atender ninguém em todo o Paraná”.
Dê assinou nesta semana um decreto restringindo várias atividades em Floresta, mas, por causa do decreto do governo estadual a situação muda neste fim de semana.
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