Quase metade dos inscritos não comparece no primeiro dia de provas do vestibular da UEM

  • A pandemia de covid-19 pode ser a razão para a maior ausência de candidatos já registrada em um vestibular da UEM

     

    “A discussão do lugar de privilégio do branco ajuda a combater o racismo ou não?” Esta foi a questão colocada na prova de Redação do Vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM), iniciado neste domingo e que termina nesta segunda-feira com as provas de conhecimento específico, língua portuguesa e literatura (língua portuguesa e língua estrangeira).

    Este é o primeiro vestibular da UEM desde o inicio da pandemia e somou as vagas que seriam oferecidas no Vestibular de Inverno e no Vestibular de Verão em 2020 e não foram realizados.

    Ausência recorde

    O vestibular da pandemia teve um primeiro dia de prova sem problemas. Com rigoroso protocolo de biossegurança aprovado previamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná, houve presença de 53,73% dos 14.273 inscritos, ou seja, 7.669 vestibulandos compareceram em 11 cidades paranaenses, com índice de 46,27% de ausências (6.604 pessoas).

    A presidente da Comissão Central do Vestibular Unificado (CVU) da UEM, Maria Raquel Marçal Natali, disse que o que pode justificar o grande número de faltosos podem ser as inseguranças econômicas e de saúde pública causadas pela pandemia da Covid-19, a divulgação do resultado final do Processo de Avaliação Seriada (PAS), no último dia 7, e a transferência da aplicação de provas de Curitiba para Ponta Grossa, em razão do cumprimento de um decreto da Capital.

     

    Cotas pela primeira vez

    O tema do racismo na Redação coincide com o fato de este ser o primeiro vestibular da UEM a contar com reserva de vagas para negros. A aprovação do Sistema de Cotas Raciais se deu em 2019, quando o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão decidiu pela reserva de 20% das vagas de graduação para negros e pardos. Destas, três em cada quatro vagas serão para negros de baixa renda e uma fica reservada para negros sem esse recorte social.

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