Prefeitura acata recomendação do MP e suspende atividades em academias com prescrição médica

Na recomendação, o MP disse ter recebido denúncias de suposta facilitação na obtenção de atestado médico

  • A Prefeitura de Maringá acatou recomendação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e suspendeu a realização de atividades em academias com prescrição médica. Com isso, o município retoma a proibição total dos exercícios em academias de natação, ginástica, pilates e outros como prevê o decreto em vigor até 22 de março.

    Em resolução publicada na quarta-feira (17/3), o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Maringá permitiu a realização de atividades físicas em academias para pessoas com prescrição médica. O atendimento poderia ser feito até às 20h, de segunda a sexta-feira.

    Em nota, a prefeitura disse que o Ministério Público afirmou ter recebido “diversas denúncias envolvendo suposta facilitação na obtenção de atestado médico, a fim de viabilizar a utilização de tais ambientes por pessoas que não possuem indicação médica de imprescindibilidade de realização de atividades físicas”.

    Com a recomendação do MP, a prefeitura decidiu suspender totalmente a realização de atividades físicas em academias. A nova determinação será publicada no Órgão Oficial ainda nesta sexta-feira (19/3).

    Segundo o presidente do sindicato que representa as academias, Anderson Lopes, apesar da resolução, a maioria das academias não reabriu para atendimento de pessoas com prescrição médica. De acordo com ele, apenas estúdios de pilates, que normalmente atendem pessoas em tratamento médico, retomaram as atividades.

    Anderson Lopes disse que a recomendação do MP surpreendeu o setor. “Nos assustou um pouco ontem, porque nós estamos conversando sobre a retomada das atividades. Ontem, encaminhamos um ofício para a prefeitura com as medidas de segurança que podem ser adotadas nessa reabertura das academias e estamos muito ansiosos que possa sair um novo decreto e que a academias possam estar inseridas.”

    O presidente do sindicato que representa o setor defende que a recomendação do Ministério Público não é contra a reabertura. “O MP entendeu que esse modelo de reabertura não era seguro porque as pessoas estavam burlando. O MP não pode generalizar que as academias não podem abrir por falta de segurança. Pelo contrário, as academias tem sido os locais mais seguros nos últimos tempos.”

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