Maringá registrou até quinta-feira (11/2) oito denúncias de ‘fura-filas’ da vacina contra Covid-19. São pessoas que não fazem parte do grupo prioritário contemplado nessa fase vacinação e teriam recebido o imunizante. As informações são da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e foram divulgadas na página Paraná sem Fura-Fila.
Maringá é a segunda cidade do Paraná que mais registrou denúncias e fica atrás apenas de Curitiba, com 43. Na 15ª Regional de Saúde foram registradas outras duas denúncias, uma em Mandaguari e outra em Paiçandu. As informações serão atualizadas diariamente e divulgadas no site.
A lista das regionais de saúde com a quantidade de suspeitas de fura-filas começou a ser divulgada na quarta-feira (10/2). Segundo o Governo do Estado, em pouco mais de uma semana, quase 200 denúncias chegaram à CGE.
Na página Paraná sem Fura-Fila, é possível verificar a quantidade de denúncias recebidas pela CGE, que concentra os números das ouvidorias do Poder Executivo Estadual. O Ministério Público também recebe denúncias que não são computadas pelo sistema da Ouvidoria-Geral.
Para a Agência de Notícias do Paraná, o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira, disse que a CGE pediu aos municípios a lista das pessoas vacinadas, devidamente identificadas. “Essa informação se destina ao cruzamento com bancos de dados a que temos acesso, como, por exemplo, de pessoas falecidas. Dessa forma, fechamos ainda mais o cerco contra aqueles que ferem a ética e o senso de sociedade ao furarem a fila da vacinação”, disse.
Segundo o governo, as informações são tratadas respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados. O material é encaminhado para o Ministério Público, responsável pela apuração em municípios e eventual processo judicial.
Em Maringá, a Câmara aprovou, na quinta-feira, um projeto de lei de autoria da vereadora Professora Ana Lúcia (PDT) que prevê a divulgação, no portal da transparência, da lista de vacinados contra a Covid-19. O objetivo da proposta, segundo a vereadora, é evitar casos de ‘fura-fila’ da vacina.
Como denunciar ‘fura-filas’ da vacina
Para as denúncias, a Ouvidoria-Geral solicita que seja informada a maior quantidade possível de dados. A denúncia pode ser feita de forma anônima, mas alguns dados são importantes para ajudar na apuração. Veja quais são:
- Identificação da pessoa que foi vacinada irregularmente;
- Data, local e hora da vacinação;
- Quem aplicou a vacina;
- Se possível anexar foto ou outro documento para comprovar a denúncia.
O cidadão pode fazer a denúncia pelos telefones 0800 041 1113 e (41) 3883-4014, que atende pelo aplicativo Whatsapp. Pela internet, há um botão específico no portal com informações sobre a Covid-19, mas a manifestação pode ser feita no site da CGE, na aba Ouvidoria. Se preferir usar e-mail, o denunciante deve enviar o material para [email protected].
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