No sábado, 23 de janeiro de 2021, próximo a data em que a morte de Magó faz um ano, o movimento Nenhuma a Menos, a Associação Maringaense e Frente Feminista de Mulheres Organizadas, com apoio da Prefeitura de Maringá e secretarias, vão fazer uma homenagem às vítimas de feminicídio.
A concentração vai ocorrer às 15 horas na Praça Catedral de Maringá. Às 16 horas, uma passeata vai sair pela Avenida Cerro Azul e vai seguir até o Teatro Reviver Magó, na Praça Todos os Santos, onde às 17h haverá atos artísticos e mais homenagens.
Devido à pandemia do novo coronavírus, vai ser obrigatório o uso de máscaras, haverá distribuição de álcool em gel durante a manifestação e voluntárias vão estar preparadas para conversar com os participantes e garantir o distanciamento social.
Confira o convite publicado no Instagram do Movimento Nenhuma a Menos.
Além de lembrar de um ano da morte de Magó, o Movimento Nenhuma a Menos, criado após o falecimento da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, convida a todos para homenagear outras mulheres que tiveram as vidas ceifadas em casos de feminicidio nos últimos meses em Maringá e região: Magó, Anna Julia, Tetê, Neuza, Naiara, Katlyn, Elisângela, e muitas outras.
“Queremos a sua presença, para juntas, e com segurança, honrarmos a vida dessas mulheres, lutando fortemente contra o feminicídio e a cultura do estupro no nosso país. Nesse dia 23 de janeiro, acontecerá também a inauguração da Obra de Arte Madeixas de Magó, do artista Paolo Ridolfi”, convidam as organizadoras.
Um ano da morte de Magó, a Bailarina Voadora
Maria Glória Poltronieri Borges foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2020 em uma propriedade rural em Mandaguari. A jovem sofreu violência sexual e foi asfixiada às margens de uma cachoeira, onde foi em busca de paz no fim de semana. O principal acusado de matar Magó foi preso, mas nega o crime.
Filha de Daisa Poltronieri e Maurício Borges, Magó nasceu na cidade e era dançarina profissional desde 2008, quando entrou na Cia Pavilhão D, em São Paulo. Na academia de ballet da mãe, ela ministrava aulas de Ballet Clássico Avançado, Contemporâneo e Contato-Improvisação.
Maria Glória cursava Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e também era capoeirista na Associação Cultural de Capoeira de Mandinga-Ê (Accame).
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