Polícia Civil prende um dos suspeitos do incêndio criminoso aos ônibus da empresa Cidade Verde

Nesta sexta-feira (11/12) uma equipe da PC de Sarandi e investigadores de Maringá cumpriram ordem de busca na sede do sindicato dos motoristas, o Sinttromar

  • A Polícia Civil desencadeou na manhã desta sexta-feira (11/12) a Operação Ludismo, com o objetivo de cumprir mandados de busca e de prisão preventiva dos suspeitos de participação no incêndio criminoso de sete ônibus no pátio da Empresa Transportes Coletivos Cidade Verde, em Sarandi, na madrugada de 23 de setembro de 2020.

    A Polícia Civil de Sarandi informou que os mandados de busca e os de prisão preventiva estão sendo cumpridos nas Cidades de Sorocaba/SP, Votorantim/SP, Sarandi e Maringá.

    Em São Paulo, a Operação conta com a participação de equipes de Sarandi e Maringá, além do GOE e DEIC (PC/SP). Lá nenhum procurado foi localizado.

    Em Sarandi, onde reside o membro do Sindicato que estaria em posse do veículo utilizado na ação, a PC e a GM estão cumprindo o mandado de prisão preventiva e de busca domiciliar.

    Durante a investigação, a Polícia Civil de Sarandi informou que o veículo usado para transportar os suspeitos de incendiarem seis ônibus na garagem da empresa Cidade Verde, na madrugada de quarta-feira (23/9), foi alugado a pedido de um sindicalista ligado ao Sintttromar, sindicato que representa os motoristas do transporte coletivo.

    A declaração foi feita pelo delegado de Sarandi, Adriano Garcia, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (24/9). De acordo com o delegado, uma mulher confirmou a versão em depoimento prestado na quarta-feira.

    O delegado também ponderou que, em tese, o sindicalista teria planejado o crime sozinho, sem a conivência do sindicato e do movimento grevista.

    As imagens de câmeras de segurança (veja vídeos abaixo) mostram o momento em que três pessoas descem de um carro e dois pulam o muro da garagem enquanto a terceira pessoa entrega o que, segundo a polícia, são dois galões de combustível.

    Minutos depois é possível perceber explosões e as duas pessoas saem da garagem e entram no carro, que deixa o local.

    Nesta sexta-feira (11/12) uma equipe da PC de Sarandi e investigadores de Maringá cumpriram ordem de busca na sede do sindicato dos motoristas, o Sinttromar.

    A Operação, que conta com um total de 40 agentes de segurança, foi batizada em alusão a um movimento de trabalhadores ingleses do ramo de fiação e tecelagem, ativo no início do século XIX, nos primórdios da Revolução Industrial, e que se notabilizou pela destruição de máquinas como forma de protesto.

    O Sinttromar divulgou uma nota no final da manhã desta sexta-feira (11/12) que segue abaixo na íntegra.

    “Sobre busca e apreensão realizada pela Polícia Civil de Sarandi na sede do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar), na manhã deste sexta-feira (11), a entidade informa que, novamente, tem colaborado integralmente com as autoridades policiais. Essa postura do sindicato se mantém desde o incêndio ocorrido na garagem da Cidade Verde.

    O Sinttromar reforça seu posicionamento, já divulgado em notas anteriores, de que a entidade não teve qualquer relação com o atentado, tendo, portanto, total interesse no esclarecimento dos fatos com seriedade e com a maior brevidade possível. Essa apuração é necessária para que o Sinttromar possa, num segundo momento, tomar as medidas cabíveis na Justiça contra inverdades divulgadas sobre a entidade.

    Sobre um dirigente que foi conduzido à delegacia para esclarecimentos, o Sinttromar informa que o mesmo alega não ter nenhum envolvimento no atentado. Portanto, não há mais nada a declarar sobre o assunto.

    Por fim, a entidade sindical – representante legal dos trabalhadores do transporte rodoviário de carga e de passageiros de toda a região –, repudia com veemência a truculência com que foi empreendida a busca e apreensão. Houve danos materiais à sede da entidade, algo totalmente desnecessário, já que o Sinttromar, desde o início, colocou-se à disposição das autoridades competentes.”

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