A abertura das propostas do edital para execução da primeira etapa do Contorno Sul Metropolitano de Maringá, marcada para esta quinta-feira (10/12), foi adiada para a terça-feira (15/12). O comunicado de adiamento foi publicado nesta quinta no Diário Oficial da União.
O edital de licitação, publicado em novembro, prevê a construção da primeira etapa do contorno, com 13,5 quilômetros de rodovias em pista dupla. A previsão é que as obras sejam concluídas em cerca de três anos.
O valor estimado da licitação é de R$ 272,9 milhões. O trecho que será construído começa na BR-376, na saída de Maringá para Mandaguaçu, e segue até o Parque Tecnológico de Maringá.
O projeto é alvo de questionamentos da vereadora eleita Professora Ana Lúcia (PDT) e de moradores de Iguatemi e São Domingos. Ela afirma que o projeto não prevê a obra de travessia das avenidas Paranavaí e Constâncio Pereira Dias, seja por trincheira ou viaduto, no novo eixo rodoviário.
Segundo a professora, a Avenida Paranavaí, por exemplo, será a principal ligação de Iguatemi e São Domingos ao centro de Maringá, como previsto na Lei de Diretrizes Viárias de 1977. Para ela, o erro vai prejudicar o deslocamento de cerca de 15 mil moradores da região.
Ana Lúcia defende que agora, no projeto em licitação, seja prevista a passagem e que as obras sejam feitas posteriormente. Na opinião da vereadora eleita, dificilmente o município vai conseguir negociar a transposição das duas vias se não estiver prevista no projeto que será executado.
“É evidente que se tivéssemos interesse público acima de tudo, nesse momento já faria parte da obra a implementação dessas duas obras de arte [das avenidas Paranavaí e Constâncio Pereira Dias] ou no mínimo a da Avenida Paranavaí, para que já fosse concluída nesse projeto”, diz. Segundo ela, os recursos poderiam ser negociados agora com os representantes políticos.
A vereadora eleita protocolou, em 25 de novembro, um ofício que foi encaminhado ao prefeito Ulisses Maia (PSD) e ao diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam), Edson Luiz Cardoso Pereira, cobrando providências do município para que o erro fosse corrigido. Outro ofício foi encaminhado para o promotor José Lafaieti Barbosa Tourinho, da 6ª Promotoria de Justiça de Maringá.
Ana Lúcia diz que ainda não obteve resposta do ofício protocolado na prefeitura. A obra será custeada com recursos federais, sem contrapartida do município, mas a professora afirma que a prefeitura deve exigir que o interesse dos moradores seja atendido.
Segundo o diretor-presidente do Ipplam, Edson Luiz Cardoso Pereira, o instituto ainda não tem resposta formalizada para os questionamentos apresentados pela vereadora eleita e por representantes dos moradores de Iguatemi e São Domingos. De acordo com ele, os ofícios devem ser respondidos nos próximos dias. Edson Pereira afirma que é preciso encontrar um equilíbrio entre a mobilidade dos moradores e a execução do contorno.
“O fato é que o município cuida dos interesses de todos os maringaenses, inclusive dos que moram em Iguatemi. Isso é uma preocupação do município, fazer com que a mobilidade seja atendida, na medida do necessário, e que também aconteçam os investimentos. É muito bom para os moradores de Iguatemi e para a região de Maringá que saia o Contorno Sul Metropolitano”, diz Pereira.
O Maringá Post entrou em contato com o Superintendente Regional do Dnit, José Carlos Beluzzi de Oliveira, mas não obteve retorno. O portal encaminhou os questionamentos para a assessoria de imprensa do órgão, mas até o fechamento da reportagem não tinha recebido as respostas.
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