Restrições no horário de funcionamento desagradam representantes de shoppings, bares e restaurantes

Segundo o documento, as atividades comerciais de rua, galerias e centros comerciais devem funcionar de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. Já os shoppings centers estão permitidos de segunda a sexta-feira das 11h às 22h

  • O novo decreto da Prefeitura de Maringá, 1840/2020, publicado nesta segunda-feira (30/11), que restringe os horário de funcionamento de comércios, shoppings, bares, restaurantes e outros estabelecimentos do ramo alimentício, tem desagradado vários setores da economia.

    Segundo o documento, as atividades comerciais de rua, galerias e centros comerciais devem funcionar de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, enquanto os shoppings centers estão permitidos de segunda a sexta-feira das 11h às 22h.

    Bares, restaurantes, lanchonetes, carrinhos de cachorro-quente e food trucks estão liberados todos os dias da semana das 6h às 22h. No entanto, a venda e o consumo de bebidas alcóolicas está proibido aos sábados e domingos, e de segunda a sexta após às 17h. Veja outras medidas do decreto.

    O representante do Sindicato dos Shoppings (Sindishopp), Max Silvestrelli, em entrevista à RPC, disse que tinha sido feito um acordo entre lideranças empresariais e a Prefeitura de Maringá para a diminuição do fluxo de pessoas na cidade, mas as restrições foram além do que havia sido combinado.

    “A gente tinha feito um acordo com a Prefeitura, na última semana, onde foi reunido várias lideranças na Prefeitura para que nós propuséssemos uma condição que diminuísse o fluxo de pessoas na cidade e nós tínhamos acordado praticamente, de liberarmos os dia 6 e o dia 13 para que os shoppings fossem fechados. Esses dois dias eram domingo. Para nossa surpresa, vem um decreto ontem [30/11] tirando uma hora por dia da semana e nos puniram também com o sábado, além do domingo.”

    Silvestrelli relembra os dois meses em que o shopping da cidade permaneceram fechados e outros cinco meses em que ficaram proibidos de funcionarem aos finais de semana.

    “Mais de 100 lojas já ficaram pelo caminho, quebraram. Todos com dívidas a serem pagas agora no mês de janeiro e fevereiro, dos financiamentos que foram feitos lá trás, para que não fossem encerradas as atividades. E aí, a gente é penalizado numa situação, que a única culpa foi da festa da democracia, que foi as eleições”, afirmou.

    O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Paraná (Abrasel/PR), Nelson Goulart, também considera que o período eleitoral provocou um aumento no número de casos confirmados.

    “Havia muitas pessoas na rua, trabalhando em campanhas, circulando pela cidade e visitando vários locais diferentes”, analisa o presidente da Abrasel/PR.

    O presidente da entidade aponta que houve falhas na fiscalização de estabelecimentos que funcionam em horário proibido e acrescentou que, “o que não pode acontecer é a maioria que segue todos os protocolos corretamente pagar pela minoria que quebra as regras”.

    Além disso, Gourlart conta que, “depois de meses de vai e vem nos decretos, acreditamos que é mais importante focar em formas de retomar e manter os espaços abertos com responsabilidade, considerando que é muito mais seguro as pessoas irem a um restaurante que segue as normas rigorosamente do que a um parque, shopping, supermercado ou até mesmo o transporte público, e permitindo que as pessoas escolham o horário, evitando as aglomerações equilibrando a saúde, economia e o bem estar da população”.

    A Prefeitura de Maringá foi procurada, mas a informação passada ao Maringá Post pela assessoria de imprensa é que ninguém iria se manifestar sobre o assunto.

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