Nesta sexta-feira (20/11), o prefeito em exercício, Edson Scabora, junto ao secretário da fazenda, Orlando Chiqueto, a promotora Michele Nader, o vereador Mario Hossokawa e a secretária da saúde, Maria da Penha, se reuniram com representantes de diversos segmentos do município para discutir a criação do Comitê de Gestão de Crise da Covid-19 em Maringá, que terá como objetivo a tomada de decisão junto a um colegiado e a sociedade.
“As cidades em nosso entorno: Cianorte, Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão, já estão, praticamente, com os seus leitos de UTI todos tomados. Isso quer dizer o quê? As pessoas que não puderem ser atendidas nessas cidades, serão encaminhadas para Maringá, porque aqui ainda nós temos leito de UTI à disposição, explica Scabora sobre o estado atual da região de noroeste do Paraná, e complementa, “nós estamos agindo antecipadamente aqui em Maringá para evitar o pior”.
Além disso, o prefeito em exercício aponta que “o sacrifício que a economia tinha que fazer, já foi feito” e que os decretos impostos até o momento são suficientes para o controle do novo Coronavírus. No entanto, Scabora ressalta que, caso haja necessidade, serão decretadas novas medidas de prevenção à doença.
De acordo com a secretária da saúde, Maria da Penha Marques Sapata, o alerta se deu a partir do número superior a 300 casos registrados na segunda-feira (16/11), como também o aumento da procura de exames na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, exclusiva para a Covid-19.
Segundo Penha, o número de jovens à procura de exames aumentou devido às aglomerações que vem ocorrendo em ruas e festas clandestinas. “Parece que todo mundo perdeu o medo, realmente, e tá todo mundo esquecendo do vírus. Mas vírus não nos esqueceu.”
Além disso, a secretária da saúde aponta ações que estão em andamento: credenciamento para o aumento no número de leitos no município, que foi reduzido em outubro, e o apoio da mídia para a conscientização da população. E ressalta, “se houver necessidade, nos próximos, nos tomaremos a decisão de encerrar as cirurgias eletivas e os procedimentos eletivos, visando principalmente, garantir leitos para os pacientes graves da Covid.”
Na terça-feira (17/11) a média diária foi de 178 novos casos, o que representa aumento de 270% em comparação com o número registrado há 14 dias. De acordo com Eduardo Alcantara, diretor da vigilância de saúde de Maringá, os dados desta quinta-feira (19/11), apontaram aumento de 300% na média móvel.
Entre as pautas abordadas durante a reunião, Maria da Penha Marques Sapata mencionou a abertura do edital para a contratação de agentes da saúde e a exaustão dos profissionais da saúde que “estão adoecendo tanto por Covid quanto por questões psicológicas e cansaço físico”. Penha complementa, “se a gente não tomar providência imediata, vamos ter leito e não vamos ter gente pra atender”.
Segundo o secretário da fazenda, Orlando Chiqueto, “hoje, não cabe mais orientação. Todos os estabelecimentos, toda a população já tem conhecimento dos nossos decretos, já tem conhecimento da legislação, e nós vamos agora fazer a aplicação dentro das penalidades previstas”.
Para isso, Chiqueto aponta dois instrumentos a serem utilizados: a Lei Ordinária 11109/2020, que “restringe o consumo de bebidas alcoólicas em logradouros públicos do município de Maringá”
“Art. 1. Fica proibido o consumo de bebidas alcoólicas de qualquer graduação em logradouros públicos do Município de Maringá entre as 22h (vinte e duas horas) e as 8h (oito horas) da manhã seguinte.”
Além disso, outro instrumento a ser utilizado será o decreto municipal Nº 1004/2020, que é mais atual.
Os trabalhos acontecerão em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Diretoria de Vigilância Sanitária, Diretoria de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (SEMA) e a Diretoria de Fiscalização da Secretaria Municipal da Fazenda, e coordenadas pelas forças de segurança.
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