Autoridades falam em funcionamento pleno do Hospital da Criança de Maringá daqui a 36 meses

O Secretário Estadual da Saúde aponta que a próxima fase é a decisão sobre a responsabilidade da manutenção e custeio do Hospital da Criança de Maringá.

  • Na manhã desta sexta-feira (18/9), em Maringá, foi realizado o último repasse de recursos públicos para o Hospital da Criança de Maringá. A transferência, de R$ 9 milhões, foi formalizada pelo vice-governador, Darci Piana, junto ao Secretário Estadual da Saúde, Beto Preto e autoridades do município, em evento para convidados e imprensa.

    O hospital que se encontra em fase de final de obras, continua sem a definição sobre a gestão. Beto Preto acredita que “a forma adequada, a mais correta para este hospital de grande porte, que tem recursos federais, estaduais, municipais, e que vai atender todas as crianças das regiões norte e noroeste, é uma parceria entre o hospital e uma entidade que faça a gestão do hospital. Isso já está sendo estudado, todas as formas técnicas”, disse.

    Além disso, o Secretário de Estado da Saúde afirmou que a próxima fase é a decisão sobre a responsabilidade da manutenção e custeio do Hospital da Criança de Maringá.

    Sem confirmação sobre a entrega do hospital, que tem expectativas para novembro, Jair Biatto, Secretário da Saúde de Maringá, diz que há possibilidades da contratação da gestão do hospital ser definida só no futuro.

    “Temos 36 meses pra implantar o hospital. Não é começar no outro dia. Ele vai começar no outro dia, sim, mas com especialidades que vão crescendo pra que ele tenha a sua plenitude em 36 meses ou até um pouco antes disso. Mas é um crescimento programado. Precisamos de mão de obra, treinamento, equipe. Isso vai ser implantado em 3 a 4 anos.”, explica Biatto.

    Com o novo repasse, no valor de R$ 9 milhões, o investimento total na obra chega a R$ 153 milhões. Deste montante, R$ 124,2 milhões (81%) foram transferidos pela Secretaria de Estado da Saúde por meio de convênios com o Governo Federal. A Organização Mundial da Família (OMF) participou do projeto com outros US$ 10 milhões.

    Estrutura do Hospital da Criança de Maringá

    A estrutura básica do Hospital da Criança é dividida entre recepção geral (espelhada), hospital-dia e centro de especialidades, que são os primeiros blocos perto da guarita e do estacionamento, e a ala de internação, cirurgia, pesquisa e o prédio administrativo, que são os blocos conectados ao corredor principal.

    Um dos diferenciais é a decoração das alas de internação, desenhadas como duplas conectadas a um símbolo turístico do Paraná: João e Maria (Cataratas do Iguaçu), Pedro e Júlia (agricultura), Tonico e Joana (araucárias) e Gabriel e Rosa (Parque de Vila Velha). Adesivos coloridos vão ajudar na comunicação visual e vão tonar o espaço mais lúdico para o atendimento das crianças.

    O hospital-dia vai ter 12 leitos e espaços para tratamento de hemodiálise, recuperação pós-anestésica, três salas de pequenas cirurgias, quimioterapia, sala de infusão (vacina) e anestesia. O centro de especialidades vai contar com consultório odontológico e outras 28 salas dedicadas a atendimentos diversos em dermatologia, cardiologia, oftalmologia, fonoaudiologia, psiquiatria, entre outros.

    Além disso, o projeto do complexo apresenta farmácia, laboratório, centro de imagem, ala de ensino e pesquisa e recepção da internação, refeitório, vestiário, lavanderia e almoxarifado. “É um avanço de Maringá e do Paraná. Um equipamento capaz de tratar as doenças, inclusive as mais raras”, disse o secretário municipal da Saúde, Jair Biato.

    O laboratório, por exemplo, vai ter alas para pesquisa em biologia molecular, hematologia, micologia, virologia, parasitologia, citologia, macroscopia, microscopia, sala de laudos e necropsia. O Centro de Imagens inclui ressonância, endoscopia, tomografia, raio-x, sala de laudos, fonoaudiologia, recuperação, eletrocardiograma, ecocardiografia, ecografia, eletromiografia, pneumologia, alérgicos, eletroterapia e sinisioterapia.

    “O hospital vai ser entregue com todos os equipamentos necessários. Economizamos para poder terminar essa obra e entregar um equipamento de alta complexidade para atender as regiões noroeste e norte do Estado”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

     

    Comentários estão fechados.