Terminou sem acordo um audiência instrutória realizada virtualmente pelo Ministério Público do Trabalho, na manhã desta sexta (15/9), sobre o dissídio coletivo dos trabalhadores das empresas Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), responsável pelo transporte urbano de Maringá, e pela Cidade Verde, que faz as linhas metropolitanas.
Participaram da audiência, comandada pelo juiz Célio Horst Waldraff, o Ministério Público do Trabalho (MPT), advogados das empresas e do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) e o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.
“A empresa simplesmente propôs a renovação do acordo coletivo de trabalho (ACT) sem reajuste salarial, sem a participação nos lucros e resultados (PLR) e sem garantias de manutenção dos empregos”, afirmou o dirigente sindical Emerson Viana Silva.
Diante do resultado, o Sinttromar informou que segue a deliberação da categoria, que aprovou a greve na quarta-feira (9/9), no caso de insucesso nas negociações salariais.
A paralisação terá início 72 horas após a notificação das empresas, o que vai ser feito por meio de ofício nesta sexta-feira (11/9). Essa estratégia permite iniciar a paralisação na manhã de terça-feira (15/9). “A empresa já está ciente porque essa decisão foi informada durante a audiência”, diz Viana.
O Sinttromar informou esperar que os dirigentes da empresa e da Prefeitura de Maringá cheguem a um entendimento para evitar prejuízos aos trabalhadores e à população de Maringá e região.
A TCCC e a Cidade Verde se manifestar por meio de nota à imprensa. O comunicado aponta que “as empresas entendem que esse movimento paredista não tem o menor cabimento no atual momento sanitário e econômico.”
A argumentação das empresas é que a “redução de passageiros é brutal”. Segundo a TCCC e a Cidade Verde, a média do último trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2019, apresentou uma queda de mais de 60%, o que impede a empresa de conceder qualquer reajuste salarial.
“Como é do conhecimento geral, o país vem atravessando uma grave crise de saúde pública aliada a uma crise econômica sem precedentes, com desemprego em massa, mostrando-se totalmente inadequada qualquer paralisação, a qual, se de fato vier a ocorrer, irá prejudicar ainda mais a população que necessita do transporte coletivo”, diz o comunicado.
Ao final do comunicado, as empresas informa que e a greve ocorrer, ela “acentuará ainda mais as dificuldades”.
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