Lojistas dos shoppings de Maringá pedem a reabertura dos estabelecimentos nos fins de semana. Atualmente, os shoppings funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 22h. O horário foi estabelecido pelo decreto nº 1057/2020, publicado em 4 de agosto. As medidas deveriam valer por 14 dias, ou seja, até 18 de agosto. No entanto, o município não publicou novo decreto.
O presidente do sindicato patronal dos shoppings, Max Silvestrelli, diz que não há resposta da Prefeitura de Maringá sobre o pedido de reabertura. Ele questiona o critério utilizado pelo município para liberar o funcionamento de outros setores aos fins de semana e deixar as lojas dos shoppings fechadas. Segundo ele, os shoppings têm controle rígido e vai continuar seguindo as medidas sanitárias.
Em Maringá, os shoppings não funcionam aos fins de semana há mais de cinco meses, desde o início da pandemia do novo coronavírus. A única exceção foi na véspera do Dia dos Pais. Segundo Silvestrelli, as vendas dos fins de semana representam 40% do faturamento.
De acordo com o presidente do setor, o prejuízo médio mensal de 80% dos lojistas está entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. Das 1.003 lojas dos shoppings de atacado e varejo, 98 fecharam as portas devido aos impactos provocados pelo novo coronavírus. Para Max Silvestrelli, sem a venda dos fins de semana, os lojistas podem não ter como pagar financiamentos.
“Como falaram que em agosto todo mundo ia abrir, os lojistas pegaram financiamento do Pronamp para pagar em outubro e novembro. 90% dos nossos serviços são com cartão de crédito e todo mundo fez a conta do Pronamp para receber em agosto, com a esperança de voltar 75% do faturamento, mas hoje está em 30%. Se não abrir [aos fins de semana], não vai ter dinheiro para pagar esse Pronamp”, diz Silvestrelli.
A Prefeitura de Maringá, por meio da assessoria de imprensa, disse que não vai se manifestar sobre a reivindicação dos lojistas dos shoppings. O município informou que não há previsão de publicação de um novo decreto, mas que novas medidas são analisadas diariamente, levando em consideração saúde e economia.
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