A Universidade Estadual de Maringá (UEM) deve publicar nesta sexta-feira (31/7) o edital que autoriza o empréstimo de smartphones aos alunos da instituição.
0s aparelhos vão ser destinados aos estudantes que não têm internet ou equipamento técnico para assistir às aulas remotas, aprovadas pelo Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP).
Segundo o Diretor de Assuntos Acadêmicos (DAA), Carlos Humberto Martins, para se candidatar ao edital dos smartphones o aluno deve seguir uma série de requisitos. É necessário ter uma renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, estar regularmente matriculado na instituição, além de seguir o cronograma das disciplinas quevão ser oferecidas de modo remoto.
Além dos aparelhos, Martins ressalta que todos os smartphones vão ter um chip com acesso à internet banda larga para quem ainda não tem acesso. Sobre a possível operadora dos aparelhos, o diretor do DAA falou que ainda não tem uma escolha mas que deve ser uma das quatro grandes operadoras do mercado.
“Vale ressaltar que esses alunos vão assinar um termo de depósito, isso significa que eles ficam responsáveis por esses equipamentos, tanto pela guarda quanto pelo bom uso dos aparelhos”, destaca
A respeito da quantidade de aparelhos ofertadas pelo edital, Martins diz que não é possível dizer ao certo, já que a instituição vai buscar suprir a falta de internet ou de aparelhos técnicos a todos aqueles que se inscreverem.
O ensino remoto emergencial (ERE), começa no dia 17 de agosto para os alunos da graduação da universidade. Segundo o diretor do DAA, antes dessa data todos os alunos que precisam do aparelhos já devem ter recebido os smartphones.
Recentemente, um levantamento feito com cerca de 7 mil alunos da instituição revelou que menos de 200 não têm um aparelho para assistir às aulas ou têm dificuldades para acessar à internet. Este número pode ser maior, visto que a universidade tem uma média de 15 mil estudantes só nos cursos de graduação presencial.
O ano letivo de 2020, que estava previsto para começar em abril de 2020, ainda não teve início devido à pandemia do novo coronavírus. A aprovação para retornar às aulas de forma remota teve debates acalorados.
Por um lado, alguns estudantes não queriam a aprovação do ERE, chegando até mesmo a fazerem manifestações contra o ensino remoto, já por outro, um grupo de alunos e professores lançaram uma campanha na internet favorável ao ensino remoto.
Durante a reunião do CEP, em que professores e alunos debatiam a retomada do calendário acadêmico, uma professora chegou a ofender um aluno chamando ele de “bicha”. Veja mais desse caso clicando aqui.
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