Usina solar da UEM entra em funcionamento e deve economizar R$ 200 mil por ano em energia elétrica

Além do funcionamento da usina, a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes garantiram uma economia de R$ 401 mil à universidade

  • Cinco anos após a elaboração do projeto, a usina de minigeração fotovoltaica de energia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) entra em pleno funcionamento. Além de utilizar energia limpa e renovável, a iniciativa adotada pela universidade prevê uma economia de cerca de R$ 200 mil por ano.

    Segundo o engenheiro responsável pelo projeto, Carlos Antonio Pizo, além de utilizar uma forma de energia limpa e renovável, a iniciativa do sistema é capaz de produzir energia equivalente ao abastecimento de 1,1 mil residências familiares com consumo médio de 150 kW/mês.

    A instalação da usina solar foi ativada graças aos 1.400 módulos fotovoltaicos instalados em nove edifícios do câmpus sede. No total os equipamentos correspondem a cerca de 2,8 mil m² de superfície para coleta, gerando uma potência total de 518 kWpico.

    Na condição de gestor, o reitor da instituição Julio César Damasceno, comenta sobre a demanda de implantação de ações desta natureza nos câmpus regionais da UEM. Segundo o reitor, a iniciativa reforça as diretrizes de sustentabilidade previstas na Política Ambiental da UEM.

    O gestor destaca ainda a necessidade de manter a estratégia, priorizando investimentos em atividades relacionadas ao consumo racional de energia, assim como a participação em novos editais.

    Desde que entraram em operação em fevereiro deste ano, os equipamentos já registraram uma economia de R$ 46 mil nas faturas de energia pagas nos últimos quatro meses.

    Segundo o engenheiro do projeto, o valor ainda está abaixo do esperado. De acordo com Pizo, algumas adaptações iniciais, necessárias, comprometeram a geração de energia e o registro de economia durante o período de ajustes.

    A usina é resultado de investimento público de pouco mais R$ 7 milhões referentes ao Projeto Prioritário de Eficiência Energética (PEE) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), aprovado em 2017, em chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    A respeito do convênio de Pesquisa e Desenvolvimento, a coordenação está sobre o Departamento de Física da universidade. A proposta é a criação de uma nova geração de célula solar híbrida para conversão fotovoltaica, capaz de gerar maior quantidade de energia a partir do melhor aproveitamento da luz solar.

    Além da usina solar, troca de lâmpadas garantem economia

    Além da usina solar, o edital PEE possibilitou a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes por lâmpadas de Led. A substituição contemplou cerca de 95% do total de lâmpadas instaladas nos edifícios do câmpus de Maringá.

    Toda a troca foi realizada entre abril e junho de 2019 e pelas medições e verificações já realizadas houve uma diminuição expressiva no consumo mensal de energia da UEM.

    “Os cálculos apontam para uma economia de R$ 401 mil no período de junho de 2019 a maio de 2020, valor esse que a UEM estaria pagando sem a implantação do projeto de eficiência energética”, aponta Pizo.

    Sobre o edital

    A chamada pública para o PEE foi exclusiva para instituições de ensino superior. As propostas passaram por um processo de seleção aberta, sendo que entre as universidades do Paraná foram classificadas, além da UEM, a Universidades Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR).

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