O comércio em Maringá pode voltar a fechar. É o que aponta o 10º boletim epidemiológico sobre a matriz de risco da Covid-19 apresentado pela prefeitura.
Para calcular o risco do novo coronavírus em Maringá, a taxa de positividade é combinada com a ocupação dos leitos hospitalares. A atual taxa de positividade, 17,8%, combinado com a ocupação de leitos entre 51% a 60%, aponta baixo risco em Maringá.
Nesta posição de risco baixo, são suficientes medidas como isolamento social seletivo, o distanciamento no ambiente de trabalho e as medidas de higienização. Entretanto, um pequeno aumento na taxa de positividade ou na taxa de ocupação de leitos pode elevar o risco para moderado. Neste faixa, o comércio funcionária com restrição de horário.
O comércio só voltaria a fechar de fato, quando a taxa de ocupação dos leitos hospitalares chegarem a faixa entre 71% e 80%. Outro cenário onde o comercio em Maringá voltaria a fechar é se a taxa de positividade chegar a 31%.
Veja como funciona a Matriz de Risco apresentada no 10º boletim epidemiológico da Covid-19:
A taxa de positividade é calculada com base no número de pessoas que se submetem ao exame. Em Maringá, para cada 10 pacientes que fazem o exame da Covid-19, 1,78 é positivo para o vírus. Segundo dados da Secretaria de Saúde, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Unicesumar, até 3 de junho, foram realizadas 2.467 coletas e 440 testes foram positivos.
Segundo o relatório, a situação em Maringá já chegou a ficar em nível moderado. Entre 21 de março e 4 de abril a média de ocupação de leitos de UTI adulto ficou entre 55,3% e 64,2% e de enfermaria entre 46,4% e 61,2%, considerandos hospitais públicos e particulares.
Segundo o sescretário de saúde, Jair Biatto, a atual margem de risco em Maringá “mostra estabilidade na ocupação dos leitos.” O secretário também reitera a importância de seguir com as medidas de prevenção, como distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos.
Entre os 440 casos de Covid-19 confirmados em Maringá até quarta-feira (4/6), a maioria dos pacientes são mulheres, 53,8%. Os homens, representam 46,1%. Dos casos positivos, 76,8% têm entre 20 a 59 anos, 13,6% são idosos acima de 60 anos, 5% têm de zero a nove anos e 3,4% são adolescentes.
As áreas centrais de Maringá continuam como foco da maior concentração dos casos confirmados, entretanto, também continuam a crescer os casos nas zonas Norte e Sul. A taxa da transmissão efetiva da Covid-19 em Maringá permanece entre 0,86 e 1,0.
A transmissão feita na cidade foi responsável por 90% dos óbitos. Dos dez óbitos pela doença em Maringá, apenas um tinha histórico de viagem anterior a infecção. A taxa de letalidade é de 2,7%.
A maior parte dos pacientes confirmados, 82,2%, não tem registro de comorbidade. Segundo os dados da pesquisa realizada até quarta-feira (4/6), 57,5% dos casos confirmados de Covid-19 receberam tratamento em hospitais privados.
As profissões mais atingidas pela doença continuam a ser de profissionais administrativos com 15,9 %, profissionais de saúde com 13,6% e empresários/comerciantes com 6,8% dos casos.
Diferentemente do último boletim epidemiológico, o número de pessoas que se recuperaram em Maringá é proporcionalmente maior do que no Paraná. Na cidade, dos 440 casos confirmados, 240 se recuperaram, o que representa uma taxa de 55,2%.
No Paraná, foram confirmados 5.820 casos. Desse total, 2.267 pessoas estão recuperadas, o equivalente a 38,9% dos pacientes.
Maringá permanece com a taxa de 35,7% de isolamento social, informação que vai ao encontro dos índices apresentados em outras cidades como Londrina,37%, Cascavel, 37,6% e Curitiba, 39,5%.
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