Uma pesquisa feita pela empresa In Loco mostra que 38% dos maringaenses começaram a semana respeitando o isolamento social e ficando em casa. Usando como base a localização do celular, a pesquisa mostra que mais de 262 mil maringaenses circularam pelas ruas na segunda-feira (11/5). O percentual é o segundo pior do mês de maio.
A cidade começou o terceiro mês da quarentena com o melhor índice desde que foi decretado o isolamento social, 52%. O número foi piorando durante a semana, chegando a atingir o pior resultado na sexta-feira (8/5), quando apenas 37% dos maringaenses ficaram em casa.
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), para evitar um aumento significativo de contágio do coronavírus, o ideal é a adesão de 70% da população.
Segundo dados da In Loco, o maringaense tem o hábito de furar a quarentena durante a semana. Mesmo sem o funcionamento de shoppings, restaurantes e academias, os piores índices de isolamento foram registrados de segunda a sexta-feira.
Com o comércio fechado e sem ter para onde ir, os melhores índices foram registrados aos sábados e domingos. De acordo com a pesquisa, a média do isolamento social aos domingos em Maringá chega a 47% no mês de maio.
Mesmo com a taxa de isolamento baixa, Maringá ainda fica na frente de cidades como Sarandi, Paiçandu e Londrina. Onde foram registrados respectivamente 34%, 35% e 37% de adesão ao isolamento social na segunda-feira (11/5). Das cidades da região, Maringá só ficou atrás de Mandaguaçu, que têm taxa de 41%.
A pesquisa também mostra que nenhum município do Paraná tem a taxa ideal de isolamento. Na segunda-feira (11/5), o município que chegava mais próximo dos 70% era Paulo Frotin (449 km de Maringá), com 60% de adesão. A cidade não registrou nenhum caso de coronavírus.
A pior taxa de adesão ao isolamento social no Paraná é Coronel Domingos Soares (485 km de Maringá), com apenas 20% de adesão. A cidade foi uma das primeiras com caso de Covid-19 e uma das mais de 47 cidades do estado a declarar situação de calamidade pública.
Privacidade e segurança durante o monitoramento do isolamento social
Quando alguém fala que está monitorando o isolamento com base na localização do celular dá um medo, certo? Parece que as empresas estão invadindo a privacidade e hackeando os celulares. Entretanto, a empresa não consegue identificar diretamente os usuários dos smartphones mapeados.
“A única informação coletada é a localidade do aparelho, por meio de sensores presentes nos smartphones, como Wi-Fi, Bluetooth, GPS, entre outros. Portanto, não temos acesso aos dados de identificação civil como nome, RG, CPF e endereço de e-mail, por exemplo”, explica um dos funcionários da In Loco.
No caso do Índice de Isolamento Social, os relatórios enviados para os órgãos públicos e autoridades contêm apenas dados cartográficos e estatísticos. Neles é possível ver o percentual de pessoas que não se deslocaram de seus bairros. Todos os dados coletados são agregados e pseudomizados.
Toda a captação de dados da empresa segue as recomendações da Lei Geral de Proteção de Dados, do Marco Civil da Internet e de outras regulações vigentes.
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