Todos os dias, pelo menos 5 toneladas de resíduos descartadas irregularmente são retiradas das ruas, avenidas, praças e fundos de vale de Maringá. O peso dos entulhos e bens inservíveis descartados por dia, ultrapassa a soma de toneladas de três hipopótamos adultos. O comportamento, criminoso, pode gerar multas de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Antônio Padilha, o descarte de entulhos e outros materiais em espaço públicos sobrecarrega os servidores que poderiam estar empenhados em outras atividades que beneficiariam à cidade.
“Além de onerar os servidores públicos, os materiais descartados irregularmente tornam-se focos para o mosquito transmissor da dengue e criadouro de outros animais como ratos, baratas e escorpiões”, afirma o secretário.
Somente neste primeiro semestre, a Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema), recebeu 150 denúncias de descarte incorreto de resíduos. O valor é 20% maior que todas as 120 denúncias de 2019.
Também houve aumento no número de multas aplicadas. De janeiro a maio deste ano, foram realizadas 15 autuaões contra 18 multas entre janeiro e dezembro do ano passado.
Em uma única operação realizada pelo Ministério Público do Estado do Paraná em 2019, a Operação Percola, cerca de R$ 600 mil em multas foram aplicadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na região de Maringá.
Se não bastasse apenas doer no bolso, a irresponsabilidade no descarte de resíduos também provoca consequências ambientais. Um exemplo dessas consequências foi a morte de centenas de capas em 2019 no Parque do Japão.
A morte das 500 carpas ainda continua um mistério. O fenômeno ocorreu após chuvas intensas no final do mês de maio do ano passado. A investigação feita pela Sema não chegou a uma explicação definitiva sobre a origem do problema.
Laudos apontaram suspeitas sobre diversas substâncias contaminantes, entre elas soda cáustica. Essas substâncias teriam elevado o PH da água e provocado queimaduras nas carpas. No entanto, a varredura no entorno do parque não localizou a origem.
Segundo a bióloga e consultora ambiental, Isabela Machado, a educação ambiental é uma das maneiras acertivas de mudar um futuro de catástrofes ambientais.
“A educação ambiental mostra para a população o poder que ela já tem de cobrar a prefeitura, as empresas e as pessoas por um futuro melhor para a humanidade. Um cenário melhor dentro do possível colapso ambiental previsto pelos melhores especialistas”, explica Isabela.
Entre as medidas desenvolvidas pela prefeitura para solucionar o problema do descarte incorreto está a implantação dos ecopontos, contêineres e lugares adequados para receber recicláveis e outros materiais.
O primeiro ecoponto, dos cinco previstos, vai ficar no Jardim Piatã. Em Maringá também há pontos de coletas de lâmpadas fluorescentes, óleo de cozinha usado, coleta seletiva de resíduos recicláveis, vidros e outros.
Informações de locais para descarte regular de resíduos podem ser consultados no final da reportagem feita aqui no Maringá Post sobre os pontos de descarte, basta clicar aqui.
O cidadão também pode denunciar irregularidades no descarte do lixo pelo telefone 156. É importante que no flagrante seja apontado, em foto ou vídeo, a placa do veículo para posterior identificação e autuação.
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