Em média, cada paciente positivo contamina mais duas pessoas em Maringá. É o que mostra o 6º boletim boletim epidemiológico sobre a Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (11/5), pela Prefeitura de Maringá.
O documento foi organizado pela Secretaria de Saúde e teve elaboração técnica de professores das universidades Unicesumar e UEM.
Com base nos dados coletados até a sexta-feira (8/5), o documento também traz informaçõe sobre a doença por bairros, gráficos das faixas etárias, gênero e profissão dos pacientes positivados.
Em Maringá, no período de 26 de fevereiro a 8 de maio de 2020, ocorreram 2.762 notificações. Deste total, já saíram do monitoramento de isolamento domiciliar, acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), 2.337 pessoas, o que corresponde a 85% do total de notificações.
A partir do dia 28 de abril até o dia 8 de maio houve um aumento de 775 notificações, o que demonstra um incremento 39%. Segundo o documento, o crescimento pode ser correlacionado a uma melhor qualidade no rastreamento da definição de suspeita
diagnóstica das Síndromes Respiratórias Agudas Graies (SRAG), pelos serviços e profissionais de saúde tanto públicos como privados, das quais se inclui a suspeita da Covid-19 e pelo aumento da circulação de pessoas.
Até 8 de mai foram confirmados 110 casos de Covid-19 por critério laboratorial (PCR e Sorologia), com primeiro caso confirmado em 18 de março de 2020. Dos 110 casos confrmados, 83 casos (75%) foram liberados pelo monitoramento do isolamento domiciliar de quatorze dias, permanecendo 21 casos em isolamento. Ainda há 4 casos (3,6%) de pacientes que permanecem internados e seis casos (5,4%) foram a óbito.
Quando avaliado o comportamento das notificações observa-se que se mantém a
concentração nas áreas mais centrais, apesar de observado um novo padrão surgindo, com uma nova concentração de casos notificados na região do Jardim Alvorada e áreas adjacentes. Veja a imagem abaixo.
A predominância dos casos positios foi observada nos indivíduos entre 50 a 59 anos,
correspondendo a 24%, seguido dos indivíduos de 30 a 39 com 22%, com 21% entre a faixa etária de 40 a 49 anos e nos acima de 60 anos correspondendo a 20% do total dos casos.
No que diz respeito às profissões, destaca-se as funções administrativas, com 15%, seguido de empresários e comerciantes, com 14%, e os profissionais de saúde, com 12% dos casos.
Quando avaliado o gênero nos 110 casos confirmados, observa-se que 67% foram do sexo masculino e 33% no feminino.
Para ver o 6º boletim epidemiológico completo, basta acessar aqui.
Em uma análise preliminar da taxa de transmissão efetiva da cidade de Maringá utlizando-se o banco de casos suspeitos os dados sugerem uma queda em relação ao período inicial para valores próximos de 1, indicando um melhor controle da epidemia. Em média, cada paciente positivo contamina mais duas pessoas em Maringá.
Segundo o documento, “para a redução efetiva do número de caso é necessário que esta taxa permaneça consistentemente abaixo do valor de 1. Por isso as medidas atuais devem ser mantidas e estratégias adicionas para identificação e isolamento de casos suspeitos e seus contactantes devem ser tomadas com o intuito de melhor controle da situação.”
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