Shoppings de Maringá entram com ação judicial para retomar atividades

A falta de funcionamento dos shoppings de Maringá impacta em 1.000 lojistas parados

  • O Sindicato Patronal dos Shoppings de Maringá protocolou um pedido de liminar requisitando a reabertura imediata dos shoppings na cidade. O pedido teve que ser feito à Justiça, uma vez que a prefeitura recusou o projeto apresentado pelos shoppings de Maringá para retomar ao trabalho.

    Segundo a prefeitura, a proposta apresentada pelo sindicato não é eficaz e não apresentou um laudo de infectologista. O representante dos shoppings, Max Silvestrelli, diz que o laudo não havia sido pedido.

    “O mal humor do secretário de Saúde era nítido. Sem contar o posicionamento parcial dele durante toda a reunião, falando que não gostava de shopping e nem os frequentava. Ele disse que por ele, shopping só abriria em junho”, conta Silvestrelli.

    De acordo com o presidente do sindicato, a proposta chegou a agradar o prefeito Ulisses Maia (PSD).

    “Em um primeiro momento o prefeito ressaltou que os shopping tinham maiores condições e estrutura para seguir à risca todas as recomendações feitas ao comércio. Ele até elogiou a competência dos colaboradores, mas no final concordou com o secretário”, diz Silvestrelli.

    Entre as medidas propostas pelos shoppings está a redução no horário de funcionamento, de 12 horas diárias para 9 horas. Também estavam previstas a redução de 30% a 35% do número de funcionários e um termômetro a laser em cada entrada.

    “Todos os andares teriam instruções sobre cuidados e orientações para evitar o contágio do coronavírus. Também seria orientado a todos os clientes que fizessem as compras o mais rápido possível e voltassem direto para casa. Além do uso obrigatório de máscara para todos os funcionários”, explica Max Silvestrelli.

    A falta de funcionamento dos shoppings de Maringá impacta em 1.000 lojistas parados. No total, são 700 no atacado e 300 no varejo. Os shoppings em Maringá proporcionam cerca de 7 mil postos de trabalho direto e 10 mil indireto. Durante o perídio de isolamento, mais de 1.500 pessoas foram demitidas, calcula o sindicato.

    A prefeitura foi procurada pela equipe do Maringá Post e disse que “nada foi definido ainda” e prefere não se manifestar no momento. O que o poder público adiantou é que está estudando todas as estratégias para contribuir com a reabertura do segmento.

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