Morte de Maria Glória, a Magó, motiva atos de repúdio ao feminicídio em Maringá, Curitiba, São Paulo e outras capitais

Movimento também ocorre em Florianópolis, Belo Horizonte e Campo Grande

  • O assassinato da bailaria voadora, Maria Glória Poltronieri Borges, de 25 anos, a Magó, tem provocado reações por várias cidades brasileiras. Além de Maringá, onde vai ter um ato neste sábado (1/2), a partir das 16 horas, vão ocorrer atos de repúdio ao feminicídio em capitais como Curitiba, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte e Campo Grande.

    A jovem estudante universitária, professora de dança e capoeirista sofreu violência sexual e foi asfixiada às margens de uma cachoeira, localizada em Mandaguari, onde Magó foi em busca de paz no fim de semana.

    A Polícia Civil investiga o caso e busca por suspeitos do crime. Fotos tiradas por pessoas que passaram pelo local, no sábado (25/1) têm sido usadas para tentar identificar quem praticou o crime brutal.

    Em entrevista concedida às emissoras de TV de Maringá, o pai de Magó, Maurício Borges, afirmou que é importante falar da Magó para que a investigação não caia no esquecimento. “Precisamos do nome dela em evidência para que a polícia também não esqueça da gente, porque uma hora a gente vai encontrar quem fez isso”, disse.

    Borges lembrou que a filha era apaixonada pela vida e que Magó sempre lutou para viver.

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    Em Maringá, o ato de repúdio ao feminicídio é organizado por um grupo autônomo de mulheres denominado Nenhuma a menos.

    A manifestação, programada para começar às 16 horas de sábado (1/2) na Praça da Prefeitura de Maringá, conta com a confirmação de presença de mais de 2 mil pessoas.

    O ato é aberto e tem como objetivo demonstrar a indignação de todos. Durante o evento vai ser feita a performance gravada de “O Estuprador é Você”.

    Sobre a presença de homens na manifestação, a doutora em Educação, com pesquisas em corpo e feminismo, Fernanda Amorim Acorssi, reforça que os meninos podem estar presentes. “É necessária a participação, a presença, e a luta dos meninos que têm consciência de gênero”, pontua.

    Para Fernanda, essa é a hora dos homens mostrarem que entendem a luta das mulheres. “Mais do que entender a luta, entender que é necessário gritar nesse momento”, comenta a pesquisadora, que deixa um aviso aos homens que pretendem participar do ato. “Não fale por elas, mas ouça as meninas. Saiba ouvir”, conclui Fernanda.

    Os atos de repúdio ao feminicídio e por Magó

    Ato de repúdio ao feminicídio acontece sábado / Arte Gabriela Torna

     

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