O Paraná recebeu 44 mil doses da vacina pentavalente nesta sexta-feira (10/1). A previsão, segundo o Ministério da Saúde, é que na próxima semana a Secretaria de Estado da Saúde receba mais 45 mil doses para atender aos municípios.
O abastecimento nacional foi suspenso em julho de 2019, quando as vacinas tiveram os lotes recolhidos por reprovação no teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde (INCQS) e na análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A falta de uma vacina prevista em calendário nacional causa uma comoção geral. Com essas novas doses, imediatamente enviaremos às regionais para distribuição”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Paraná precisa, em média, de 60 mil doses por mês para abastecer as 22 regionais de saúde que fazem a distribuição aos municípios. A previsão é de que até o final de janeiro todas as regionais já tenham recebido.
No final de outubro de 2019 o Estado recebeu 40 mil doses. Após três meses de desabastecimento, devido à demanda reprimida, a quantidade não foi suficiente para regularizar a fila de espera nas salas de vacina.
“Considerando que nos meses anteriores não recebemos a vacina, esse envio total de 89 mil doses, programado para os próximos dias, ainda é insuficiente para atender a demanda do Estado”, informou a técnica do Programa de Imunização da Secretaria da Saúde, Fernanda Crosewski.
No entanto, ela afirmou que estes lotes vão permitir a cobertura vacinal de boa parcela da população até a situação se normalizar com o envio de mais vacinas pelo Ministério da Saúde.
As vacinas são ofertadas gratuitamente nas 1.852 salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Paraná.
A Secretaria da Saúde orienta que os pais devem dar continuidade ao esquema de vacinação até sua conclusão para uma proteção mais eficaz da saúde da criança.
A indicação é entrar em contato com as UBSs do município para verificar a disponibilidade da vacina na região.
A vacina pentavalente protege contra múltiplas doenças ao mesmo tempo (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta).
Desde 2012, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, oferta a vacina pentavalente na rotina do Calendário Nacional de Vacinação. As crianças devem tomar três doses da vacina: aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida.
Os reforços da vacina pentavalente são realizados em crianças aos 15 meses e quatro anos de idade, com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertússis (DTP).
O Ministério da Saúde enviou um ofício aos Estados sugerindo a substituição temporária da vacina pentavalente pela vacina DTP para crianças menores de um ano de idade em decorrência da indisponibilidade na rede pública do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Secretaria da Saúde determina que com a normalização que está prevista para fevereiro, os profissionais de saúde devem optar pela aplicação da pentavalente e evitar a substituição pela DTP, considerando que a mesma trata-se de reforço e não propriamente do esquema primário de vacinação.
“Orientamos que os pais aguardem a chegada da pentavalente que é a vacina indicada para a criança, visto que as remessas da vacina estão sendo regularizadas. Não se faz necessário nesse momento a substituição”, finalizou Crosewski.
Em Maringá, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou no final de outubro que havia acabado o estoque da vacina pentavalente.
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