Os dois sindicatos que representam os professores e servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram um movimento de greve na instituição a partir desta segunda-feira (2/12).
A Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) aprovou uma greve por dois dias, para esta segunda-feira (2/12) e para a terça-feira (3/12). O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), que também realizou uma assembleia nesta segunda aprovou a paralisação por tempo indeterminado.
A Reitoria da UEM trabalha para que a greve não atrapalhe a realização do Vestibular de Verão 2019, que vai ser realizado no domingo (8/12) e na segunda-feira (9/12).
A mobilização se deve a proposta de reforma na previdência estadual, aos moldes do que foi aprovado pelo Congresso Nacional. O texto se encontra em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), com previsão de ser votado em plenário no dia 16 de dezembro.
O prazo para apresentação de emendas termina na terça-feira (3/12). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual foi protocolada pelo Governo do Paraná no mês de novembro.
Entre as mudanças, o governo estadual propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens, com pelo menos 25 anos de contribuição. Se a proposta for aprovada, a alíquota de contribuição dos servidores aumenta de 11% para 14%.
O Governo do Paraná informou que em 2019, a despesa com a previdência do funcionalismo alcança R$ 10,1 bilhões. Atualmente, há uma insuficiência financeira (diferença entre contribuições e pagamentos) de R$ 6,3 bilhões para cobrir os gastos com aposentados e pensionistas do Estado.
Sem a reforma, a previsão é que esta despesa ultrapasse R$ 9 bilhões por ano. Com as mudanças propostas, o deficit deve cair para R$ 2,5 bilhões.
O movimento na UEM segue na direção do que foi aprovado pela APP-Sindicato, que deflagrou a greve nas escolas estaduais nesta segunda-feira.
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