O Conselho de Entidades Estudantis de Base (CEEB) decidiu cancelar as eleições do DCE, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O pedido de impugnação veio de recursos apresentados ao CEEB pelas chapas 2 – Uem Popular e 3- A Uem Não Vai Embora.
Com 24 votos a favor e 14 contra, os representantes dos centros acadêmicos (CAs) decidiram pelo cancelamento. Na segunda-feira (2/12), vai ser realizada uma nova reunião com todos os CAs para reavaliar o regimento eleitoral vigente.
Também vai ser convocada uma nova Comissão Eleitoral para atuar na nova campanha de eleições para o DCE.
Antes de pedir a impugnação do processo eleitoral, a Chapa 3 tinha outros dois pedidos em recurso. O primeiro era o de anular a decisão tomada no sábado (23/11). Decisão esta que resultou na abertura de cinco urnas impugnadas dando a vitória à Chapa 1 – Acelera Uem.
O pedido secundário apresentado era para que a Comissão Eleitoral abrisse as urnas de Psicologia e a do campus de Cianorte, que também foram impugnadas. Por fim, o terceiro pedido, assim como o recurso enviado pela Chapa 2, era de que cancelassem todo o processo eleitoral.
Essa não foi a primeira situação calorosa das eleições de 2019 para o DCE. Em um dos debates houve acusações entre chapas e estudantes com acusações de transfobia e racismo, como mostram esta e esta reportagem publicadas pelo Maringá Post.
Outras polêmicas que envolveram o DCE
Durante a eleição de 2013 teve denúncias de “boca de urna” e impugnação de várias urnas por parte da Comissão Eleitoral, além de reclamações sobre participação externa em tumultos dentro da UEM.
Ainda em 2013, estudantes foram agredidos por vigilantes e o DCE pediu a abertura de processo administrativo, que até hoje não foi esclarecido. A motivação alegada pela PM seriam os “saraus” e denúncias de consumo de álcool e drogas dentro da instituição.
Em março de 2017 um perfil no jornal O Diário teve grande repercussão, principalmente entre os estudantes de direito. A então presidente do DCE, na gestão da Acelera, deu declarações contra casamento gay, aborto, sexo antes do casamento e legalização da maconha.
A aluna de direito alega ter sofrido perseguições psicológicas por estudar em um meio de esquerda. A estudante chegou até mesmo a se desligar da UEM para terminar a graduação em uma universidade privada.
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