Conselho de Engenharia divulga relatório sobre obra onde operário morreu após cair em fosso de elevador

Sob a visão e responsabilidades da autarquia federal, a obra segue todas as orientações legais exigidas

  • O Conselho de Engenharia do Paraná (Crea-PR) divulgou nesta sexta-feira (25/10) um relatório sobre a obra do edifício Lumini, da construtora A. Yoshii Maringá, onde o operário Cicero Donizete de Souza, 48 anos, caiu de uma altura de quase 15 metros e morreu na quarta-feira (23/10).

    O prédio em construção é acompanhado por 21 profissionais registrados no Crea-PR, como Engenheiros de Segurança do Trabalho, Civis, Mecânicos e Eletricistas. Segundo a avaliação do Conselho, o empreendimento apresenta regularidade legal.

    É comum o posicionamento do Crea-PR quando há acidentes de trabalho em obras, principalmente com mortes. O Conselho lamenta o fato, que vitimou um homem de 48 anos. O pedreiro caiu do terceiro andar no fosso do elevador do edifício de 24 andares em construção na Avenida Laguna, na Zona 3.

    Sob a visão e responsabilidades da autarquia federal, a obra segue todas as orientações legais exigidas como empresas e profissionais habilitados e Anotação de Responsabilidade Técnica (ARTs) devidamente emitidas.

    Fiscais da Regional Maringá do Crea-PR identificaram 13 empresas distintas de Engenharia registradas no Conselho e que atuam no empreendimento. Ao todo, 21 profissionais de várias áreas assinavam os trabalhos no prédio em construção, como Engenheiros de Segurança do Trabalho, Civis, Mecânicos, Eletricistas e de Produção.

    Em relação aos serviços de Engenharia executados, o Conselho identificou a emissão de 27 ARTs que envolvem diversas atividades. A lista inclui a execução de sondagem, elaboração dos projetos de fundações, contenções, terraplanagem, prova de carga, sistema elétrico, ar-condicionado e ventilação mecânica, exaustão e ventilação da piscina aquecida, exaustão mecânica da churrasqueira coletiva, distribuição interna da rede de gás, prevenção contra incêndio, hidrantes e extintores, elaboração de memorial de incorporação, entre outros.

    De acordo com o Gerente Regional de Maringá, Engenheiro Civil Hélio Xavier da Silva Filho, todos os itens levantados apontam que a empresa responsável pela obra se preocupa com a segurança dos futuros condôminos do prédio e também dos trabalhadores envolvidos na construção do mesmo.

    Silva Filho destaca que a verificação e fiscalização do dever legal da profissão é uma das competências de atuação regulatória do Crea-PR, ou seja, um dos principais atos de ofício do Conselho.

    A construtora A. Yoshii Maringá se pronunciou por meio de uma nota oficial, que segue abaixo na íntegra.

    “A construtora lamenta o falecimento do colaborador na manhã desta quarta-feira (23/10) e informa que está tomando todas as medidas cabíveis e dando suporte aos familiares e ajuda necessária neste momento de dor e sofrimento.

    A empresa esclarece que atua há dez anos em Maringá sem nenhum registro de acidente com óbito e que segue todas as normas de segurança, como o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e está investigando as causas do ocorrido.”

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