Observatório das Metrópoles começa a realizar a quinta pesquisa sobre os moradores de rua em Maringá

Expectativa da pesquisa é registrar em 2019 um possível aumento da população em situação de rua em Maringá

  • O Observatório das Metrópoles, Núcleo da Universidade Estadual de Maringá (UEM), começa a realizar a coleta de dados da quinta edição consecutiva da pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: desconstruindo a invisibilidade”.

    A análise comparativa do estudo feito no ano passado revelou o crescimento de 61% no número de moradores de rua em Maringá em comparação a 2017. E a expectativa para esse ano é de novo aumento.

    Segundo a coordenadora do Observatório, Ana Lúcia Rodrigues, nas reuniões preparatórias da pesquisa foi possível identificar, por meio de relato dos profissionais que atuam na política de atenção a essa população no município, que houve recente acréscimo de demanda por atendimentos.

    “Essa informação justifica a expectativa da pesquisa registrar em 2019 um possível aumento da população em situação de rua em Maringá. Tal como ocorreu em 2018, as pessoas continuam sendo impactadas pelo desemprego e, na ausência de outra alternativa, acabam vivendo em situação de rua”, afirma Ana Lúcia, que é professora do Departamento de Ciências Sociais da UEM.

    Na edição de 2017, foram abordadas 222 pessoas e entrevistadas 177 pessoas, pois, 45 não quiseram responder a pesquisa.

    Em 2018 foram abordadas 357 pessoas, sendo 247 entrevistadas e outras 110 pessoas que se recusaram a responder.

    A preparação dos pesquisadores envolveu o debate sobre essa expectativa e também outros aspectos como orientações de abordagem aos pesquisados, estudos relacionados ao questionário de pesquisa, aos mapas de trajetos das ruas da cidade e unidades de serviço de acolhimento onde serão feitas as coletas de dados, além da apropriação dos resultados da análise comparativa das quatro edições anteriores.

    A equipe de pesquisadores conta com alunos do curso de Serviço Social da UEM, Câmpus Regional do Vale do Ivaí, em Ivaiporã. Além dos estudantes de graduação, vão participar da coleta de dados, com início nesta segunda-feira (21/10), colaboradores das entidades da sociedade e voluntários das diferentes áreas de atuação junto a esta população, de outros órgãos municipais, além de acadêmicos e profissionais das atividades pertinentes à execução do projeto.

    O objetivo principal da investigação é identificar a quantidade e o perfil da população em situação de rua em Maringá. Todos os dados e informações geradas serão sistematizadas num relatório final comparativo (2015 a 2019), que será apresentado em audiência pública e entregue ao poder público local para subsidiar ações em favor destas pessoas. O documento também será disponibilizado a todos os interessados.

    A pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: desconstruindo a invisibilidade” é uma iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá em parceria com o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop Rua) e o curso de Serviço Social da UEM, com o apoio da Prefeitura de Maringá, Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SASC) e Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da UEM.

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