“O guarda-roupa de Frida Kahlo e a criação de uma persona artística” é o tema do encontro que vai ser conduzido pela jornalista Izabel Gurgel na Casa da Indústria de Maringá. Vai ser nesta sexta-feira (4/10), às 14 horas.
O Masterclass com acesso gratuito faz parte da série de atividades formativas que o Núcleo Criativo de Cinema e Moda do Sesi Paraná realiza.
Com curadoria e produção de Isabelle Bittencourt, a série formativa foi aberta pelo estilista Ronaldo Fraga, que esteve em Maringá em agosto. Também realizou atividades com profissionais como Jackson Araújo e Paula Iglécio.
Izabel Gurgel desenvolve uma série de falas e cursos sobre a artista mexicana a partir de livros e outras publicações em conexão com cinema, moda, música, fotografia, artesanato, arquitetura, ativismo e outros.
Para a atividade em Maringá, o livro-base é “El ropero de Frida”, publicado em 2007 na Cidade do México. A fala passa pela vida e obra, apresentando o livro no âmbito das noções de arquivo, memória, pesquisa e repertório.
Também inclui algumas das edições possíveis do acervo adquirido, criado, usado e legado pela pintora mexicana Frida Kahlo (1907 – 1954).
O livro “El ropero de Frida” tem coordenação editorial de Denise e Magdalena Rosenzweig, da Zweig Editoras. Ainda sem edição no Brasil, foi publicado em 2007 no México, por iniciativa dos museus Dolores Olmedo e Frida Kahlo, Conarte – Conselho para a Cultura e para as Artes de Nuevo León e Zweig Editoras.
“El ropero de Frida” só se tornou possível depois da abertura do já mítico banheiro da Casa Azul, a casa de Coyoacán onde a pintora viveu grande parte de sua vida. O banheiro permaneceu fechado durante quase 50 anos abrigando um mundo de peças de vestuário, fotografias e objetos dos mundos de Frida Kahlo.
Na casa de Coyoacán, Frida morreu ao amanhecer do dia 13 de julho de 1954. Quando da morte da artista, o pintor Diego Rivera (1886 – 1957), com quem Frida casou duas vezes, escolheu alguns objetos dela para o acervo do que viria a ser o Museu Frida Kahlo.
Todo o resto ficou guardado em um dos banheiros da casa. Diego Rivera recomendou, então, que só fosse aberto 15 anos depois da morte dele.
Rivera morreu em 1957. A Casa Azul foi aberta como Museu Frida Kahlo em 1958. O banheiro seguiu fechado por 50 anos. Só foi aberto em abril de 2004. Uma vez aberto, os materiais até então guardados começaram a originar publicações, leituras e ações. Uma seleção das mais de 6 mil fotos encontradas, por exemplo, gerou o livro “Frida Kahlo – Suas fotos”. Das cerca de 200 peças de roupa, foi elaborado o livro “El ropero de Frida”.
“Como uma espécie de bordados sobre um mapa, as peças dão relevo ao saber estético, têxtil, de um México mais vasto do que suas fronteiras físicas”, diz Izabel, ao citar textos do livro.
“Para além de um comentário sobre atitude, moda ou performance, as roupas, os modos de vestir da artista, constituem uma singular elaboração de uma persona artística”, diz a jornalista.
Serviço:
- O guarda-roupa de Frida Kahlo e a criação de uma persona artística
- Por Izabel Gurgel (Fortaleza)
- Casa da Indústria Maringá
- Av. Rebouças, 140, Zona 10, Maringá
- Sexta-feira (4/10) às 14 horas
- Inscrições gratuitas no SindiVest (44) 3026-3379
Comentários estão fechados.