Problema com recurso para Hospital da Criança ainda não foi resolvido, mas obra fica pronta em 2019

Responsável pelo projeto do hospital, Deisi Kusztra, foi sabatinada pelos vereadores na manhã desta quinta-feira

  • Convidada pela Comissão de Estudos da Câmara de Maringá sobre o Hospital da Criança, a médica e presidente da Organização Mundial da Família (WFO), responsável pelo projeto do hospital, Deisi Kusztra, foi sabatinada pelos vereadores na manhã desta quinta-feira (5/9). Segundo ela, o problema do repasse do Governo do Estado ainda não foi resolvido, mas a montagem do hospital vai ser concluída em dezembro deste ano.

    Por causa do tempo, três vereadores faziam as perguntas e a presidente da Organização Mundial da Família respondia aos questionamentos de uma vez só. Apesar de ter sido questionada pelo vereador Flávio Mantovani (Cidadania) sobre as tratativas com o Governo do Estado para resolver o problema de falta de recursos, Deisi Kusztra não respondeu diretamente a pergunta.

    Em coletiva de imprensa durante a Expoingá 2019, o governador Ratinho Junior (PSD) disse que a gestão anterior repassou apenas R$ 40 milhões dos R$ 90 milhões de recursos do Ministério da Saúde previstos para construção da unidade. Ao responder um questionamento do vereador Jean Marques (PV) sobre o valor da obra, Deisi Kusztra informou que a questão do repasse ainda foi resolvida.

    “Nós fazemos prestações de contas mensais [para o município]. Tenho maneirado com os gastos porque precisamos resolver esse problema do repasse. Não posso comprometer gastos que depois não tenho como pagar. Eu sei que, se não vier recursos, a obra física inteira vai ficar pronta. Isso [o dinheiro não vir] não vai acontecer, mas o bom planejador tem sempre o plano B e as cartas na manga”,  afirmou a médica.

    Segundo ela, o levantamento dos equipamentos necessários para que o hospital funcione está quase pronto. No entanto, para serem adquiridos é necessário o repasse do Governo do Estado. Se os recursos forem garantidos, Deisi Kusztra disse acreditar que o hospital fica pronto para implantação do modelo de gestão em janeiro ou fevereiro de 2020.

    O funcionamento do Hospital da Criança de Maringá depois de pronto também era uma das dúvidas dos vereadores. A médica explicou que a Organização Mundial da Família vai ajudar no processo de preparação para escolha do modelo de gestão.

    “Vai chegar o momento que vamos falar sobre gestão. Estamos com um grupo que está preparando e fazendo o levantamento para apresentar para o secretário de Saúde. Creio que em duas ou três semanas vamos ter isso”, disse.

    No entanto, ela afirmou que o município vai ser responsável por escolher o modelo de funcionamento do hospital. “Não vamos abandonar Maringá, mas está na mão de vocês para participarem e escolherem a melhor forma de gestão possível. Vamos fazer o acompanhamento durante dois anos”.

    O secretário de Saúde, Jair Biatto, que também participou da sessão da Câmara nesta quinta-feira, afirmou que o município não deve assumir a gestão do Hospital da Criança e que o modelo de gestão vai ser discutido com lideranças políticas e a sociedade civil organizada.

    “Nós não pretendemos fazer contratação, concurso público e fazer a gestão própria de um dispositivo de saúde que deverá atender 1,5 milhão de pessoas. A gestão tem que ser compartilhada e é uma mão de obra especializada”, disse Jair Biatto.

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