A falta de chuva diminuiu o nível de água e secou lagos do Parque do Ingá. Sem um grande volume de chuva na cidade desde 16 de julho, o lago do Jardim Japonês, por exemplo, chegou a secar totalmente. O lago maior e outro que fica próximo à gruta de Nossa Senhora Aparecida também estão com baixo nível de água.
Para driblar os efeitos da seca no parque, a Secretaria de Meio Ambiente e Bem-estar Animal (Sema) está bombeando água do lago maior para os outros lagos. A água circula, sai do lago principal, cai nos lagos e depois retorna novamente. Com essa ação, os lagos voltam a encher, mas o nível de água ainda continua baixo.
Segundo a técnica de meio ambiente da Sema, Daiany de Fátima Corbetta, a variação no nível de água é normal nesse período. Em alguns anos, a redução é mais visível por causa do longo período de estiagem.
“Como chove menos, entra menos água no solo e escoa pouca água para as nascentes [que abastecem os lagos do parque]. Algumas nascentes têm água o ano todo e outras não. Essas que não têm água secam na época de pouca chuva, o que diminui a vasão de água”, explica Daiany Corbetta.
Ela afirma que apenas a chuva não resolve todos os problemas causados pela seca. Além das ações pontuais da Sema, a ideia é que a atualização do Plano de Manejo do Parque do Ingá possa apresentar propostas para os problemas na unidade de conservação ambiental. Daiany Corbetta também destaca a importância do cuidado com o solo.
“Essas nascentes do parque dependem da chuva. Quando chove, essa água passa pelo solo até chegar na nascente e depois abastece o lago. Se chover, resolve em parte o problema. É preciso ter área permeável suficiente no entorno do parque para absorver a água da chuva”, diz.
- Reportagem atualizada às 17h10 com a substituição do termo drenagem, por bombeamento, tecnicamente mais adequado para a situação.
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