Com novo sistema de ar-condicionado e elevador inclinado, Catedral de Maringá ganha cada vez mais conforto

Inaugurada no dia 10 de maio de 1972, a Catedral de Maringá passa por uma grande reforma iniciada há nove anos

  • Os antigos climatizadores da Catedral de Maringá vão dar lugar a um novo sistema de ar-condicionado moderno, que foi entregue no dia 30 de julho e começou a ser instalado. A previsão é que até o início de setembro a nave da igreja e os dois primeiros pavimentos estejam climatizados. O valor gasto no equipamento e nas tubulações que vão transportar o ar refrigerado para os diversos ambientes da igreja foi de R$ 508,5 mil.

    O novo sistema de ar-condicionado utiliza água em vez de gás para refrigerar o ambiente, por meio de um processo termo-acumulativo. Os aparelhos responsáveis pela refrigeração da água foram colocados na área externa do quarto pavimento. Eles vão funcionar apenas no período da noite, no horário em que a energia elétrica é mais barata. 

    Os aparelhos responsáveis pela refrigeração da água foram colocados na área externa do quarto pavimento da Catedral de Maringá / Lethícia Conegero

    Vão ser instalados quatro reservatórios que, juntos, vão ter capacidade para 25 mil litros de água, quantidade suficiente para climatizar os 18 andares da Catedral. Os reservatórios vão ser instalados no subsolo, embaixo da escada dos fundos da igreja. Como vai ser necessário quebrar o chão, a instalação vai ser feita apenas após a festa de Nossa Senhora da Glória, Padroeira de Maringá, no dia 15 de agosto. 

    De acordo com o pároco da Catedral de Maringá, Virgílio Cabral dos Santos, o sistema é mais econômico e eficiente do que o de ares-condicionados convencionais. “O sistema vai trabalhar à noite, quando a energia é mais barata, para refrigerar essa água que vai ficar nos reservatórios. Durante o dia, só funciona os chamados fan-coils, que vão fazer com que a água circule e jogue o ar frio para dentro da igreja. Foi feito o cálculo e, com esse sistema que adotamos, não vai consumir mais energia mais do que os climatizadores”, explica.

    Segundo ele, os climatizadores que existem hoje na Catedral de Maringá estão obsoletos. “Esses que temos hoje climatizam a igreja até uma certa temperatura, com esse sistema de ar-condicionado mais moderno eu consigo climatizar até 10 ºC se eu quiser. Ou seja, consigo deixar a igreja mais confortável e envolver todo o ambiente, toda a nave”, ressalta o pároco. 

    Inicialmente, apenas a nave da igreja e os dois primeiros pavimentos, que não têm janelas, vão ser climatizados. No primeiro pavimento, estão sendo construídas oito salas para atendimento individual, como confissões, direção espiritual, atendimento psicológico e outros. As divisórias das salas estão prontas, mas ainda falta colocar a manta de isolamento termoacústico, passar massa corrida, pintar e colocar o piso laminado. 

    No primeiro pavimento da Catedral de Maringá, estão sendo construídas oito salas para atendimento individual / Lethícia Conegero

    No segundo pavimento, está sendo construída a área de serviço para os funcionários da Catedral de Maringá. No espaço, vai ficar a lavanderia, local para passar as roupas, cozinha e outros ambientes. Nos demais pavimentos, as tubulações para climatização vão ficar prontas e os aparelhos para climatização vão ser instalados conforme a necessidade de utilização dos espaços para as atividades pastorais. 

    O elevador da Catedral, que é o primeiro elevador inclinado do Brasil com 80.6 graus de inclinação, está funcionando há cerca de um ano, mas ainda não foi liberado para a população por conta das obras nos pavimentos superiores. Segundo o pároco da igreja, ainda não há previsão para que isso aconteça. 

    “Vai ser necessário fazer todo um sistema de segurança, vamos ter que contratar funcionários para acompanhar as pessoas até o mirante, vai precisar ter gente permanentemente no elevador. Essa logística ainda não foi definida, vamos estudar como podemos servir melhor à comunidade com tudo aquilo que vai ser oferecido”, explica o padre Virgílio Cabral dos Santos. 

    Inaugurada no dia 10 de maio de 1972, a Catedral de Maringá está passando por uma grande reforma, que já dura cerca de nove anos. Os mais de três mil metros quadrados de piso nos pavimentos superiores da igreja foram recuperados. Foi feito o polimento e nivelamento do chão, mas ainda falta fazer o acabamento com epóxi. Cada pavimento tem quatro janelas e todas elas vão ser trocadas por vidros de segurança altamente resistentes. 

    O guarda-corpo das escadas, que antes era de 90 centímetros, foi aumentado para 1,4 metro em todos os pavimentos, até a base da cruz. Isso porque atualmente o mínimo exigido é 1,1 metro. Além disso, vai ser necessário colocar corrimãos duplos. O mais alto já foi instalado, mas ainda falta colocar o corrimão para crianças em toda a escadaria da igreja. 

    O guarda-corpo das escadas foi aumentado para 1,4 metro em todos os pavimentos, até a base da cruz / Lethícia Conegero

    O ossário, que fica no décimo andar, também passou por reformas. Antes, eram 1.340 lóculos – espaços para depositar restos mortais -, agora são 1.660. Atualmente, há cerca de 60 pessoas sepultadas no local.

    Os espelhos d’água que ficam no entorno da Catedral de Maringá estavam vazios por suspeita de vazamento, mas voltaram a ficar cheios para testes. A prefeitura, que é a responsável pela obra, contratou uma empresa especializada para fazer elaboração de laudo técnico acerca das possíveis infiltrações e apontar os agentes causadores.

    O resultado ainda não foi concluído. Os espelhos têm capacidade para cerca de 100 mil litros de água.

    Os espelhos d’água, que têm capacidade para cerca de 100 mil litros de água, estão cheios para testes / Lethícia Conegero

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