Técnicos e professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram nesta terça-feira (18/6), em assembleia unificada, um indicativo de greve para o dia 26 de junho. Com a decisão, caso o Governo do Estado não conceda o reajuste salarial da data-base, inflação acumulada nos últimos 12 meses, vai ser deflagrada uma greve na instituição.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), José Maria Marques, afirmou que a recomposição da inflação é um direito dos técnicos e professores. Ele também destacou que a greve não vai ser deflagrada só na UEM. “Todos os servidores do Estado do Paraná estão unidos”, afirmou.
Além do Sinteemar, a assembleia unificada contou com a participação de representes da Associação dos Docentes da UEM (ADUEM), Associação dos Funcionários da UEM (AFUEM) e da Seção Sindical dos Docentes da UEM (SESDUEM). Membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) prestaram apoio às reivindicações.
As lideranças dos sindicatos que representam os servidores públicos do Estado do Paraná e que compõem o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) já haviam anunciado, no começo de junho, a possibilidade de ser deflagrada uma greve geral no Paraná.
O reajuste pleiteado para 2019, para recompor a data-base dos últimos doze meses, é de 4,94%. Também há uma reivindicação de reajuste de mais 1% em outubro e 1% no mês de dezembro.
Para os sindicatos, os servidores são vítima de calote. A defasagem em relação ao último reajuste, concedido em 2016, passa de 17% e equivale a dois meses a menos de salário por ano, segundo cálculos do FES.
No sábado (15/6), em assembleia estadual extraordinária realizada em Curitiba, a APP-Sindicato, que representa professores e funcionários das escolas da rede pública estadual, foi aprovada uma greve geral a partir do dia 25 de junho.
Na quarta-feira (12/6), a Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná divulgou uma reportagem sobre relatório do Banco Mundial a respeito da folha de pagamento.
O documento apontou que entre 2007 e 2018 “o crescimento real da folha de pagamento de inativos (7% ao ano) e ativos (5% a.a.) superou o desempenho da receita líquida do Estado (4,4% a.a.)”. Veja mais detalhes da reportagem aqui.
Sobre o indicativo de greve aprovado em assembleia unificada na UEM, a assessoria de imprensa da Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Governo do Paraná informou que a administração estadual só vai se pronunciar após a comunicação oficial dos sindicatos a respeito das deliberações da assembleia.
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