Sindicatos que representam servidores estaduais ameaçam greve geral a partir de 25 de junho. Governo está com contas apertadas

O Governo do Paraná ainda não definiu se vai conceder algum reajuste aos servidores estaduais em 2019.

  • As lideranças dos sindicatos que representam servidores públicos do Estado do Paraná e compõem o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) ameaçam uma greve geral a partir de 25 de junho. Um calendário começa a ser organizado para aumentar a pressão sobre o governo Ratinho Junior (PSD).

    O FES quer uma resposta do Governo do Paraná sobre a reposição salarial do funcionários, que estão desde 2016 sem qualquer correção nos vencimentos. O Governo do Paraná ainda não definiu se vai conceder algum reajuste na data-base.

    Por meio da assessora de imprensa, a informação é que o “governo entende o direito e o anseio dos servidores, mas precisa trabalhar dentro da realidade financeira.”

    Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (5/6) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o secretário de Estado da Fazenda, Renê de Oliveira Garcia Júnior, fez um balanço orçamentário e fiscal do primeiro quadrimestre de 2019 do Governo do Estado.

    O desempenho das contas no período, destacou o secretário, reforça a necessidade da administração estadual se manter em alerta. Ele explicou que o gasto com pessoal representa 64,5% do total das despesas.

    Nos últimos 12 meses, foram R$ 17,081 bilhões com a folha de pagamento do Poder Executivo, equivalente a 45,17% do orçamento, acima do limite de alerta (44,10%), segundo prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

    Com o entendimento de que o Governo do Paraná tem condições de garantir um reajuste salarial aos servidores, o FES convoca uma greve geral, junto às centrais sindicais, na sexta-feira (14/6), quando também vai ocorrer uma mobilização nacional contra a reforma da Previdência.

    Para a sexta (14/6), o FES também solicitou uma reunião com o governador. Em nota, o FES ameaçou que “caso os servidores não tenham resposta concreta para solucionar o impasse, a deliberação é por greve estadual a partir do dia 25 junho.”

    Para os sindicatos, o servidores são vítima de calote. A defasagem em relação ao último reajuste, em 2016, segundo o FES, passa de 17% e equivale a dois meses a menos de salário por ano.

    Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), na terça-feira (28/5),  houve a aprovação do estado de greve pelos servidores que integram o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar).

    Veja a agenda dos sindicatos do Paraná

    • 14/06: Greve Geral em defesa da data-base e contra a reforma da Previdência.
    • 15/06: início da realização de plenárias regionais unificadas.
    • 21/06: dia de combate à corrupção jurídica.
    • 22/06: data final para as categorias realizarem assembleias para deflagração de greve.
    • 25/06: início da greve estadual unificada.

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