Empresas que pretendem se instalar no Parque Tecnológico de Maringá devem apresentar propostas até o dia 31 de julho. O empreendimento é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A ideia é selecionar empresas de base tecnológica com produtos e serviços que sejam decorrentes de resultados de atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico ou de inovação.
Nessa primeira etapa, foi aberto chamamento público para que as empresas interessadas possam se candidatar. Segundo o diretor-presidente do Tecpar, Fábio Camarotta, uma comissão vai analisar as propostas e priorizar aquelas de interesse do Estado.
Após isso, será aberta concorrência pública para que as empresas aprovadas na etapa inicial possam concorrer. Os contratos vão ser firmados somente com as empresas aprovadas em todas as etapas.
O Parque Tecnológico deve ocupar uma área de aproximadamente 120 mil m² no Parque Industrial de Maringá. No entanto, Fábio Camarotta explicou que não há um cronograma definido para a construção das infraestruturas, já que essa análise vai depender das propostas enviadas pelas empresas.
Apesar da assessoria de imprensa do Governo do Estado divulgar que devem ser investidos R$ 80 milhões no empreendimento, Camarotta também disse que prefere não trabalhar com valores.
“Esses valores criam nas pessoas expectativas ampliadas. A partir do Governo do Estado e da parceria que vai ser construída com o ente privado, vamos estabelecer quanto vai ser investido. Não quero trabalhar com a expectativa desse valor, não temos nesse momento uma expectativa de valor a ser investido, seja do Governo do Estado ou da contrapartida do ente privado”, afirmou o diretor-presidente do Tecpar.
Também não se sabe quantas empresas vão ser selecionadas para desenvolver as atividades no Parque Tecnológico de Maringá. Porém, segundo Camarotta, a expectativa é que juntas essas empresas possam gerar pelo menos 500 empregos diretos e indiretos.
O Tecpar, laboratório que fornece medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS), faz a gestão de incubadoras e parques tecnológicos. O objetivo do Parque Tecnológico de Maringá é fortalecer a capacidade industrial e tecnológica da região de Maringá, não só na área da saúde.
“A palavra tecnologia é entendida no sentido amplo do termo, abarca inovações no âmbito da saúde animal e saúde humana, mas também está aberta a outras vertentes como energia, biogás e outras possibilidades”, afirmou Fábio Camarotta.
No início de 2018, o Tecpar assinou contrato com a PJJ Malucelli Arquitetura Ltda para a execução dos projetos do chamado Parque Biotecnológico do Tecpar em Maringá. Na época, o então diretor-presidente do Tecpar, Júlio Félix, afirmou que na primeira etapa do empreendimento seria construída uma fábrica de medicamentos e vacinas.
No entanto, o atual diretor-presidente do instituto, Fábio Camarotta, disse que a ideia proposta no passado pode ser ampliada no Parque Tecnológico de Maringá, com a instalação de mais fábricas de medicamentos. “A planta do passado é uma boa base, mas não é definitiva. Vamos esperar o que o chamamento vai trazer, qual vai ser a política do governador, e aí sim essa planta vai vir com desenho”.
Quem pode participar do edital do Tecpar?
O edital pretende pré-qualificar empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação para instalação temporária e onerosa no Parque Tecnológico do Tecpar. Para participar do chamamento público, a empresa precisa ser de base tecnológica, ou seja, com produtos e serviços que sejam decorrentes de resultados de atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico ou de inovação.
As empresas interessadas devem investir algum valor?
O Parque Tecnológico vai oferecer infraestrutura compartilhada e de serviços com objetivo de otimizar os recursos necessários para a execução do projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Entre os serviços disponibilizados pelo Tecpar, estão segurança e vigilância, manutenção do prédio, energia, água, esgoto, internet e infraestrutura para operação e oferta de serviços técnicos especializados para os empreendimentos localizados no parque.
O Tecpar se compromete com a infraestrutura de uso comum e compartilhada. O investimento e retorno são de responsabilidade dos empreendimentos que enviarem as propostas.
Por exemplo, no caso da necessidade da construção de um laboratório de imunogenética, os valores gastos com o prédio e aquisição de novos equipamentos podem ser considerados investimento. Entretanto, reagentes, vidrarias e outros materiais de consumo são considerados itens de custeio que são de responsabilidade das empresas.
Prefeitura vai lançar edital para Parque Tecnológico
Além do Parque Tecnológico do Tecpar, a Prefeitura de Maringá pretende implantar o Parque de Tecnologia da Informação e Comunicação em uma área urbana de aproximadamente 120 mil m² localizada na Avenida Nildo Ribeiro da Rocha.
Segundo o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Francisco Favoto, o município ainda define alguns detalhes do edital. Ele informou que a licitação deve ser publicada em até 90 dias.
Nesta primeira fase, a ideia é destinar 25 mil m², divididos em 12 lotes, para as empresas desenvolvedoras de software. As vencedoras da licitação receberão os benefícios estabelecidos pelo Programa de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Prodem).
O objetivo é reunir as empresas do segmento em um mesmo espaço físico. “Maringá já é um polo desse segmento e agregando todas as empresas em um local, podemos ampliar ainda mais”, disse Favoto.
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