Laudos iniciais sobre a morte de carpas no Parque do Japão indicam a possibilidade de contaminação do lago por resíduos de gesso e soda cáustica. Quase 300 peixes morreram em cerca de 20 dias. As análises não são conclusivas e a investigação continua.
Os laudos apontam que a soda cáustica pode ter causado queimaduras nas carpas. Além disso, a contaminação provocou a elevação do PH da água e do solo no fundo do lago, segundo a diretora da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e do Parque do Japão, Maria Ligia Guedes.
A Prefeitura de Maringá acredita que a origem do problema estaria no entorno do Parque do Japão. A Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema) intensificou o trabalho de fiscalização em empresas próximas para tentar identificar possíveis situações irregulares relacionadas a descarte de resíduos. A soda cáustica, por exemplo, é uma substância utilizada na fabricação de sabão.
Após a morte de carpas no Parque do Japão, foram coletadas amostras de água em duas nascentes e no poço artesiano, além de amostras de solo do fundo do lago, para ampliar a investigação. “Precisamos confirmar ou descartar suspeitas. De imediato, nossa preocupação é com a preservação do cardume remanescente”, explica Maria Ligia Guedes.
O Parque do Japão está fechado para visitação desde segunda-feira (10/6), mas vai ser reaberto parcialmente no sábado (15/6). A área próxima ao restaurante e ao lago maior vai permanecer interditada.
As carpas que sobreviveram foram transferidas do lago maior, que está contaminado, para o lago menor na tarde desta quinta-feira (13/6). O local começou a ser preparado na terça-feira (11/6). O trabalho foi iniciado com a retirada de centenas de peixes invasores, como tilápias e cascudos.
Além disso, foram instalados aeradores para garantir a oxigenação do lago menor, para evitar problemas com o aumento da população de peixes. O trabalho foi supervisionado por equipes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e UniCesumar, instituições parceiras do Parque do Japão.
As carpas que estavam no lago contaminado passaram a ser medicadas com antibióticos, por meio da ração. “É um remédio receitado pelo Departamento de Zootecnia da UEM. Trata-se de um antibiótico. Por isso não podia ter visitantes, porque é dado uma quantidade apropriada por dia, na ração”, ressalta Maria Lígia.
Nos próximos dias, com a retirada dos peixes do lago maior, vai ser realizada a drenagem e limpeza do lago para eliminar quaisquer vestígios da contaminação.
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