De sexta-feira (24/5) a domingo (26/5) vai ser realizada a 1ª Mostra de Aquarismo de Maringá, em comemoração aos cinco anos do Parque do Japão. O evento vai contar com exposições de peixes, aquários, equipamentos e lagos ornamentais, além de palestras com especialistas.
A 1ª Mostra de Aquarismo de Maringá tem o objetivo de sensibilizar a população para o cuidado com a fauna e flora aquática, além de informar sobre o aquarismo, também conhecido como aquariofilia. A prática consiste em criar peixes, plantas e organismos aquáticos em geral, seja em aquários, tanques para fim ornamental ou estudos.
“Nunca tivemos uma mostra de aquarismo na cidade, e as carpas são o símbolo do Parque do Japão, que completa cinco anos em 2019. Conversamos com as empresas do segmento de piscicultura para fazer uma mostra e todas gostaram da ideia. Nos reunimos e planejamos o evento junto com o Departamento de Zootecnia da UEM, com quem temos uma parceria com relação à preservação das espécies de carpas”, explica a diretora da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e do Parque do Japão, Maria Ligia Guedes.
Segundo ela, o objetivo do evento é expandir e valorizar o aquarismo em Maringá. “Esperamos que as pessoas visitem a mostra e entendam a importância da prática e dessas espécies. Além disso, o evento pode ser ponte para geração de negócios. Nosso objetivo é que se torne um grande evento e que entre no calendário oficial de eventos da cidade”, acrescenta.
A abertura oficial da 1ª Mostra de Aquarismo de Maringá vai ser na sexta-feira (24/5), às 19h. Dentre as atrações da mostra estão os peixes-palhaço, o Yellow Tang, os aquários marinhos com corais e os lagos ornamentais desmontáveis.
No sábado (25/5), vão ser ministradas seis palestras com os seguintes temas: genética de carpas ornamentais, “Do Paulistinha ao Zebrafish”, técnicas de aquariofilia, pesquisa em peixes ornamentais, aquários do momento e lagos ornamentais.
O professor doutor em Zootecnia, Carlos Lopes de Oliveira, que faz parte do Núcleo de Pesquisa Peixegen do Departamento de Zootecnia da UEM, vai ministrar a primeira palestra da mostra, sobre a genética de carpas ornamentais. “Vamos tratar de aspectos básicos da genética para a coloração, porque as carpas têm diferentes padrões de cor. Existem 150 padrões diferentes, e vamos falar de alguns mais básicos”, conta.
Desde 2008, quando o Parque do Japão recebeu 70 carpas coloridas, o cruzamento indiscriminado levou a perda da uniformidade de cor das carpas. Para retomar a pureza dos peixes, no final de 2017, os pesquisadores do Departamento de Zootecnia da UEM retiraram do lago 20 carpas, entre machos e fêmeas, e alcançaram a formação de seis casais para reprodução. Com isso, 150 alevinos padronizados foram inseridos no lago do Parque do Japão neste ano.
“Várias carpas de vários padrões, e algumas sem padrão, foram soltas lá, e o padrão inicial que tínhamos foi se deteriorando com o tempo. O projeto da UEM tem o objetivo de ordenar os acasalamentos. Muita gente, principalmente da comunidade japonesa, entende e gosta desse tipo de peixe, e vai identificar essa padronização. Isso pode, inclusive, atrair visitantes mais específicos, como visitações técnicas”, diz Oliveira. Ele acrescenta que o estudo vai se repetir neste ano.
A segunda palestra da mostra, com o tema “Do Paulistinha ao Zebrafish”, vai falar sobre a utilização de peixes ornamentais na pesquisa científica, para tratamento de doenças como o câncer e o Alzheimer.
“O Paulistinha tem muita similaridade genética com os seres humanos, e são muito importantes na pesquisa científica. Como ele é um peixe pequeno, o custo de manutenção dele é muito menor, e a pesquisa é bastante efetiva”, explica Carlos Lopes de Oliveira.
Palestras de sábado (25/5)
- 14h – Genética de carpas ornamentais – Carlos Lopes de Oliveira, Zootecnista
- 14h45 – Do Paulistinha ao Zebrafish – Karla Tsujii, Zootecnista
- 15h – Técnicas de aquariofilia – Rodrigo Feuerharmel, Biólogo
- 15h45 – Pesquisa em peixes ornamentais – Laís Mantovani, Zootecnista
- 16h – Aquários do momento – Francisco Altimari Júnior, Agrônomo
- 16h45 – Lagos ornamentais – Humberto Todesco, Zootecnista
A entrada é gratuita e o horário de visitação vai ser das 9h às 18h, nos três dias do evento.
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