Rodeio, três tambores e julgamentos de raças movimentam a Expoingá 2019 de sexta a domingo

A movimentação na pista de julgamentos da feira começa sempre às 9 horas. Confira a programação

  • A partir desta sexta-feira a arena da Expoingá 2019 abre espaço para o rodeio e a prova dos três tambores. Organizado pela Bolfer Eventos, a competição vai reunir 25 peões e vários atletas da Associação dos Campeões de Rodeio (ACR).

    Muitos dos atletas que vão lutar pelos oito segundos na arena do rodeio da Expoingá 2019 trazem na bagagem títulos conquistados em Barretos (SP), Rio Verde (MT), Colorado (PR), Americana (SP), Jaguariúna (SP) e outros.

    Segundo o diretor da empresa organizadora do rodeio, Alexandre Bolfer, o objetivo é proporcionar um impacto maior no público, com uma competição de qualidade.

    O principal destaque entre os competidores é Edevaldo Ferreira, único atleta que é tetracampeão brasileiro na modalidade touros e já acumula cerca de R$ 3 milhões em prêmios, com diversos títulos no Brasil e nos Estados Unidos.

    É a primeira vez que o paulista de Andradina vai montar em Maringá. Outro destaque é o campeão nacional Ederson de Oliveira, que já venceu em Barretos, Rio Verde e conquistou o rodeio da Expo Londrina. O campeão do rodeio da Expoingá em 2018, Leandro Henrique Machado, também vai competir.

    Os 50 touros que vão participar da competição pertencem a Cia. Shalon, Cia. Roberto Mazetti, Cia. João Inácio e Cia. Tião do Vale. O touro de destaque é o Bola 8, que é um dos touros que mais ganhou prêmios no Brasil este ano e é muito temido pelos competidores.

    Tem também o touro Tarumã, que deixou um único competidor vencer os oito segundos em mais de 50 apresentações.

    Nas três noites do rodeio, antes das porteiras serem abertas para os peões, quem domina a arena são elas. As melhores competidoras do Brasil vem a Maringá para a Prova dos Três Tambores. A competição reúne a elegância na montaria e a adrenalina da corrida contra o tempo.

    Julgamentos movimentam a Expoingá 2019

    Os julgamentos das raças bovinas, equinas, dos ovinos e caprinos são destaque dos últimos dias da Expoingá 2019. As avaliações dos melhores animais começaram nesta quinta-feira (16/5) com a raça Wagyu, famosa por ter uma das carnes mais saborosas do mundo, e com as primeiras avaliações dos ovinos e dos cavalos Quartos de Milha.

    Os animais são avaliados na pista Professor José Querino dos Santos, próxima à Casa do Criador e à sede da Sociedade Rural de Maringá (SRM). Este ano vai ser a estreia dos julgamentos dos cavalos Pantaneiros e das raças bovinas Hereford e Braford.

    A movimentação na pista começa sempre às 9 horas. No julgamento do Quarto de Milha, que vai até sábado, a Liga Nacional de Cavalos de Conformação (LINCC) vai realizar duas etapas nacionais da avaliação dos cavalos Quarto de Milha, Appaloosa e Paint Horse.

    As provas servirão para avaliar o biótico do animal e preservar o padrão das raças. Diretor de Pecuária da SRM, Jucival Pereira de Sá diz que “promover uma etapa de conformação na Expoingá significa uma valorização para os criadores da região e para a cidade, que é um polo equestre no país”.

    Programação de Provas e Julgamentos

    • Sexta e sábado – 9 horas – Quartos de Milha
    • Sexta – 9 horas – Cavalo Pantaneiro
    • Sexta e sábado – Ovinos
    • Sexta-feira – 18 horas – Holandesa e Girolando
    • Sexta-feira – 18 horas – Jersey
    • Sexta e sábado – 9 horas – Nelore
    • Sexta-feira – 15 horas – Caracu
    • Sexta-feira – 9 horas – Hereford
    • Sexta-feira – 9 horas -Braford
    • Sábado – 14 horas – Devon
    • Sábado – 15 horas – Purunã

    Maine Anjou é apresentada na Expoingá

    Pecuaristas da região de Maringá, Denis Maurilio Mommensohn Buzzo e a mulher, a enfermeira Márcia Sonoda Buzzo, criadores de gado Wagyu, raça milenar de origem japonesa, com marmoreio e maciez de carne superior às demais raças, decidiram investir em outra raça exótica, a Maine Anjou.

    É uma raça de origem francesa, muito usada para cruzamentos com raças consideradas nobres, como o Wagyu. O casal criou as duas primeiras rezes Maine Anjou, uma vaca e um boi, as duas primeiras a chegar ao Paraná.

    Os primeiros exemplares do Maine Anjou do Brasil estão no Rio Grande do Sul, onde os veterinários Eduardo e Eraldo Zanella, de Paim Filho, deram início à reinserção da raça no País. Os irmãos perceberam que a maior parte dos bovinos premiados em concursos na Europa fazia parte do cruzamento entre Maine Anjou e outra raça, geralmente Wagyu, e surgiu o interesse pela aquisição dessa linhagem.

    “Trouxemos esses animais à Expoingá para que os outros pecuaristas conhecessem as características deste gado que já existiu no Brasil, mas há mais de 30 anos está praticamente extinto depois de tantos cruzamentos com outras raças”, disse Denis Mommensohn.

    “Agora vamos disseminar o material genético desses bovinos para agregar valor no desenvolvimento da pecuária e cuidar para que ela não se perca novamente”.

    A raça Maine-Anjou, cujos bezerros pesam, em média 49 Kg ao nascer, tem grande índice de crescimento e acentuada precocidade, levando-a a ocupar lugar importante na produção de novilhos precoces, que apresentam carne com boa terminação e marmoreio.

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